Obras fundamentais da Universidade Federal de Roraima (UFRR) estão sendo retomadas e entregues à comunidade acadêmica. A reestruturação física da instituição faz parte de uma estratégia mais ampla de interiorização do ensino superior no estado. A informação foi destacada pelo reitor Geraldo Ticianeli, durante entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, neste domingo (13).
Uma das iniciativas mais emblemáticas é a retomada do campus de São João da Baliza, no sul de Roraima. Segundo o reitor, a unidade estava abandonada há quase 30 anos. “A pedra fundamental é de 1998. Por uma decisão estratégica, resolveram montar uma estrutura em São João da Baliza, justamente porque o entorno permite uma aglutinação de pessoas que justifica uma transferência das nossas ações para aquela região. Só que essa obra ficou muitos anos abandonada”, explicou.
Ticianeli contou que a situação foi constatada ainda em 2020, antes mesmo de sua nomeação oficial. “Antes de assumir, da nossa nomeação, nós fizemos uma visita no local. E realmente a estrutura estava bastante danificada. Fazer obra no interior é muito difícil, mas nós colocamos como meta retomar aquela obra”, afirmou.
O resultado do esforço, segundo ele, foi expressivo. “Naquele momento nós tínhamos recebido dez obras abandonadas. Hoje nós temos apenas uma”, destacou. A retomada das construções incluiu, além do campus de Baliza, outros espaços em Boa Vista e em municípios do interior, reforçando a presença da UFRR em diferentes regiões.
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Interiorização do ensino
Nesse contexto, a UFRR tem investido em cursos voltados às demandas locais e à formação de profissionais em áreas estratégicas. O campus de São João da Baliza, por exemplo, deve atender principalmente estudantes dos municípios do sul do estado e de regiões próximas da BR-210.
Além da reabertura do campus de Baliza, a universidade também tem investido em novos cursos e parcerias. Ticianeli mencionou a criação de cursos voltados para a formação de professores indígenas e ampliação de programas voltados à agricultura e ao desenvolvimento sustentável. Assim como EJA para indígenas que tem interesse no magistério, ampliando a atuação da Universidade para Amajari, Alto Alegre, Rorainópolis, Caracaraí, Normandia e Pacaraima, além de Boa Vista.
“A Universidade Federal de Roraima tem realizado uma série de ações porque acredita que ela é um polo de desenvolvimento do nosso Estado. […] Não é possível pensar desenvolvimento em Roraima sem interiorização do conhecimento. É preciso estar presente nos lugares onde o Estado muitas vezes não chega”, disse o reitor.
Além da infraestrutura física, o reitor também destacou o aumento nas matrículas nos últimos anos, como reflexo do fortalecimento institucional. “Nós já começamos a resgatar os números anteriores à pandemia. Isso é resultado de muito trabalho em diversas frentes: ampliação da oferta, estruturação dos campi e ações de permanência estudantil”, completou.
Outro assuntos
O reitor Geraldo Ticianeli também falou sobre o orçamento da UFRR, destacando os desafios financeiros e os esforços da gestão para otimizar recursos e manter os projetos em andamento. Ele mencionou a transparência da instituição, destacando o primeiro lugar no ranking da CGU entre as federais, e reforçou a importância de uma gestão participativa, focada na inovação e valorização de servidores e estudantes. Assista à entrevista completa no canal da Rádio Folha no YouTube.
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