A Pixbet, que desbancou o Banco de Brasília (BRB) e assumiu em 2023 o posto de patrocinadora master do Flamengo — o clube de maior torcida do país — agora vive um momento delicado: foi suspensa provisoriamente pela Autoridade de Jogos de Curaçao (CGA), responsável por conceder licenças internacionais a casas de apostas. A medida, embora ainda sem impacto direto sobre o contrato com o clube, lança uma nova sombra sobre a presença desse tipo de empresa no futebol brasileiro.
E o caso da Pixbet está longe de ser isolado. O mercado de apostas, que virou febre entre os grandes clubes do país, tem acumulado B.O. atrás de B.O. O Esportes da Sorte, por exemplo, atual patrocinador master do Corinthians, segue tentando provar na Justiça que a licença estadual obtida junto à Lotergi (a loteria do Rio de Janeiro) vale para atuar em todo o Brasil — o que até agora segue sem consenso jurídico.
Enquanto a regulamentação definitiva das apostas esportivas no país não se consolida, os clubes permanecem mergulhados nesse jogo de alto risco. O dinheiro dessas empresas sustenta folhas milionárias, contratações e até a estrutura dos departamentos de futebol. Mas, fora das quatro linhas, o cenário é de instabilidade, insegurança jurídica e possíveis dores de cabeça futuras.
Para quem parecia ser o novo filão de ouro do futebol, o mercado das bets pode estar começando a mostrar seu lado obscuro.