Em entrevista ao canal da Veja no YouTube, Dado Dolabella, 44, voltou a comentar o episódio de agressão à atriz Luana Piovani, 48, ocorrido em 2008, e criticou o que chamou de “condenação social” mesmo após a Justiça ter extinguido o processo. O ator afirmou que “as mulheres têm vantagem na Justiça” e alegou que, mesmo não tendo sido condenado definitivamente, continua sendo julgado pela opinião pública.
“Ela não conseguiu ganhar uma instância, não conseguiu provar nada do que ela diz. Então, como não conseguiu o que queria, que era a condenação judicial, tenta até hoje uma condenação social. Já tem quase 20 anos e ela ainda fala disso, fica lembrando, remoendo”, disse Dado.
O ator, que chegou a ser condenado em primeira e segunda instâncias com base na Lei Maria da Penha, teve as sentenças anuladas posteriormente pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão alegou que a relação entre os dois não configurava vínculo “familiar ou domiciliar”, requisito para a aplicação da lei.
Ainda assim, Dado já admitiu publicamente a agressão, pediu desculpas à atriz em 2021 e reconheceu que “perdeu a cabeça”. “Luana, sinto muito! Me perdoe! Eu te amo! Sou grato!”, escreveu na época.
Durante a entrevista, Dolabella também criticou o que considera ser um tratamento desigual para homens na Justiça brasileira, citando sua prisão em 2018 por dívida de pensão alimentícia como exemplo.
“Quando a mulher entra com pedido de execução, a prisão acontece mais rápido do que a revisão do valor da pensão. Mesmo comprovando a minha condição financeira, fui preso. É injusto”, argumentou.
O ator afirmou que não quer mais viver como um “condenado” e disse que precisa seguir com a vida. “Tenho uma família, três filhos. Não posso viver o resto da vida como se fosse um criminoso se nem a Justiça me condenou.”
Apesar das alegações atuais, o histórico do caso é público: Piovani obteve medida protetiva, e Dado foi sim condenado antes de conseguir a anulação por uma questão técnica, não por inocência comprovada. A declaração do ator reacendeu o debate sobre violência de gênero, justiça e responsabilização social.
Luana Piovani não comentou as falas mais recentes até o momento desta publicação.