Dengue cresce na cidade de São Paulo e se torna epidêmica em cinco distritos

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PATRÍCIA PASQUINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A dengue começou a se espalhar pela cidade de São Paulo e já tornou cinco distritos epidêmicos -Jardim Ângela e Capão Redondo, na zona sul, Perus e Brasilândia, na norte, e Rio Pequeno, na região oeste.

Nestes locais, o coeficiente de incidência ultrapassou a marca de 300 casos por 100 mil habitantes.

As informações estão no novo boletim epidemiológico de arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde.

Os dados são provisórios até 2 de abril de 2025.

O Jardim Ângela tem a maior incidência da capital (550,1). O distrito também lidera em casos da doença, com 1.921.

Em todo o município, foram confirmados 21.931 casos de dengue e dois óbitos.

Março é o mês com mais infecções, 12.454. No mesmo período de 2024, o número chegava a 138.754 casos confirmados.

Outros cinco distritos -Cachoeirinha, Casa Verde, Freguesia do Ó e São Domingos, na zona norte, e Lapa, na oeste, estão próximos ao índice epidêmico.

Temperatura corporal acima dos 38°C, dores de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, inflamação dos gânglios linfáticos, coceira e até mesmo erupções avermelhadas na pele são alguns dos sintomas clássicos da dengue quando o quadro é considerado leve. Algumas pessoas podem desenvolver ainda uma infecção assintomática.

Na dengue grave, é comum o quadro de saúde complicar após o desaparecimento da febre e a partir de alguns sinais de alarme -indícios também de que pacientes com quadros leves podem ter complicações pela dengue. Entre esses sinais estão náuseas, vômitos, sangramento em mucosas, dor abdominal intensa e tontura ao levantar.

Gestantes, idosos, crianças de até dois anos de idade, doentes crônicos, imunossuprimidos e pacientes em tratamento contra câncer ou HIV devem ter atenção.

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