A cidade de Maracajá, no Sul de Santa Catarina, tem enfrentado uma grave crise no abastecimento de água. Nas últimas semanas, a população sofreu com a falta d’água, que chegou a durar até cinco dias consecutivos. O problema, que não é novo, é considerado crônico e tem gerado muitas reclamações e indignação entre os moradores. O pároco de Maracajá, Padre José Aires, que tem sido uma das vozes mais ativas na luta para resolver a crise de abastecimento falou à Rádio Cidade em Dia sobre o problema.
Segundo o padre, essa falta d’água é um problema que se repete constantemente, com períodos em que a água retorna, mas logo em seguida o fornecimento é interrompido novamente. “É uma situação limite, um absurdo”, afirmou Padre José Aires, em entrevista à Rádio Cidade em Dia. Ele contou que a situação foi ainda mais crítica desta vez, com moradores passando até cinco dias sem água.
Em sua fala, o padre destacou a falta de clareza e de ação das autoridades locais. Ele mencionou que a Casan, responsável pelo fornecimento de água na cidade, alegou em comunicação oficial que não havia problemas de abastecimento. Contudo, o relato dos moradores, incluindo o próprio padre, revela uma realidade bem diferente. “Ficamos sem água, e a Casan dizia que não havia problema”, desabafou. Para ele, a falta de liderança política e a ausência de uma mobilização efetiva por parte da Prefeitura de Maracajá têm agravado a situação.
A indignação é visível, e o padre reconhece que sua posição como líder comunitário tem dado visibilidade ao problema. Em seu desabafo, ele destacou a importância de cobrar uma solução. “Eu sou um cidadão que mora em Maracajá e reclamo de um problema que o poder público deveria resolver. Outros cidadãos também deveriam fazer o mesmo”, afirmou.
A situação chegou a um ponto em que a Câmara de Vereadores de Maracajá foi acionada para tomar providências. Na última sessão, um ofício foi aprovado convocando a superintendência da Casan para uma audiência, que ocorrerá no próximo dia 14, para esclarecer a falta d’água na cidade. Contudo, o padre observa que ainda falta mais mobilização da população e das autoridades locais para pressionar por soluções.
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