Homem é morto a facadas em assalto no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo

FRANCISCO LIMA NETO E PAULO EDUARDO DIAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um homem de 37 anos foi morto a facadas em uma tentativa de assalto na noite desta quarta-feira (2), no Parque Ecológico do Tietê, na zona leste de São Paulo. Um suspeito foi preso.

Fabiano Freitas fazia trilha no local, por volta das 23h, quando foi atacado a golpes de faca pelo suspeito, identificado como William de Jesus Pedro, 41.

De acordo com o boletim de ocorrência, uma testemunha relatou a policiais militares que ouviu gritos de socorro vindos de um lugar mais escuro do parque. Na sequência, viu Freitas mancando e pedindo ajuda para ir a um local mais iluminado.

Ao ser socorrido por pessoas que estavam próximas, a vítima disse, de acordo com o registro policial, que havia sofrido uma tentativa de assalto e o ladrão lhe feriu com diversas facadas.

Segundo uma testemunha, Freitas estava muito ensanguentado e tinha cortes nos braços e nas pernas.

Ele precisou ser amparado, mas não conseguiu mais ficar em pé e só teve tempo de descrever as características do suspeito antes de desmaiar.

Uma pessoa que estava no local foi até a portaria do parque pedir ajuda e uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamada para prestar socorro, mas já encontrou Freitas morto.

A Polícia Militar foi chamada e, no local, ouviu de outro frequentador do parque que minutos antes do crime um homem havia se aproximado dizendo frases desconexas. De acordo com o registro da ocorrência, ele falava que havia brigado com a mulher e sua primeira filha havia nascido há alguns dias e logo ele voltaria para casa. Pouco tempo depois, o frequentador ouviu pedidos de socorro vindos do lugar em que o suspeito estava.

Com base na descrição das testemunhas, afirma a SSP (Secretaria da Segurança Pública), policiais militares encontraram William de Jesus Pedro em uma área de mata do parque, com manchas de sangue na roupa.

Ele foi preso em flagrante e o caso foi registrado como latrocínio, no 24° DP (Ponte Rasa).

A polícia não informou se o suspeito já tem um defensor.

A reportagem também questionou o governo estadual, responsável pelo parque, sobre a segurança no local no início da tarde desta quinta, mas ainda não recebeu posicionamento.

A cidade de São Paulo registrou ao menos nove latrocínios nos dois primeiros meses do ano. Em 2024, foram 13 casos no mesmo período.

Apesar dessa queda, a população tem assistido a episódios repetidos de roubo, que algumas vezes resultam em morte, caracterizando o crime de latrocínio.

Cenas de criminosos se aproximando em motocicletas e exigindo celular ou joias têm se repetido, como o caso do ciclista Victor Medrado, morto em fevereiro nas imediações do Parque do Povo, ou do agente da CET José Domingos da Silva, também vítima de arma de fogo em uma tentativa de assalto em 13 de março -ambos na capital.