As Unimeds no Brasil que apostaram em aventura e inexperiência quebraram

Nos últimos anos, o setor de cooperativas de saúde tem enfrentado desafios financeiros e administrativos significativos, resultando na insolvência de algumas Unimeds de grande porte. Casos como os das Unimeds Manaus, Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, Cuiabá e Paulistana ilustram o impacto de gestões ineficientes e ressaltam a importância de lideranças experientes e competentes.

Unimed Brasília: o fim após várias tentativas de recuperação

A Unimed Brasília entrou em liquidação extrajudicial em 2024. Apesar de várias tentativas de recuperação, não conseguiu superar os desafios acumulados, levando ao fim de suas atividades.

Unimed Manaus: dívidas impagáveis e gestão ineficaz

A cooperativa enfrentou uma grave crise financeira devido à má gestão e ao acúmulo de dívidas. A incapacidade de administrar os custos e manter uma relação equilibrada com os prestadores de serviços foi determinante para a sua derrocada.

Unimed-Rio: transferência de carteira de clientes após crise financeira

​A Unimed-Rio, uma das principais operadoras de planos de saúde do estado do Rio de Janeiro, enfrenta uma crise financeira que se agravou nos últimos anos. Em abril de 2024, a cooperativa transferiu sua carteira de aproximadamente 452 mil beneficiários de planos de assistência médica e cerca de 33 mil clientes de planos odontológicos para a Unimed Federação do Estado do Rio de Janeiro (Unimed Ferj).

Unimed Paulistana: a falência após intervenção da ANS

Em 2015, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a transferência de aproximadamente 740 mil clientes da Unimed Paulistana para outras operadoras. O motivo foi a descoberta de anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocavam em risco a continuidade do atendimento à saúde. A cooperativa acabou falindo.

Unimed Vitória: Perda milionária em investimentos de risco

A Unimed Vitória, por falta de experiência, enfrentou dificuldades financeiras em 2023 após um investimento malsucedido em fundos da Infinity Asset, resultando em uma perda de aproximadamente R$ 145 milhões.

Unimed Cuiabá: Gestão temerária e crise financeira

A Unimed Cuiabá passou por uma crise severa entre 2022 e 2023, quando uma auditoria independente revelou um rombo de aproximadamente R$ 400 milhões nas contas da cooperativa. A gestão ocultou o déficit real ao apresentar balanços distorcidos, além de estar envolvida em irregularidades como favorecimento de fornecedores e gastos suspeitos com publicidade.

Diante do colapso financeiro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou um regime de direção fiscal na cooperativa, medida adotada quando há risco de insolvência.

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