São Paulo é a cidade mais atrativa para investimento imobiliário no alto padrão, aponta índice

ANA PAULA BRANCO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Curitiba, Goiânia e São Paulo são as cidades mais atrativas para investimentos imobiliários no Brasil, cada uma liderando um segmento de renda específico, segundo o IDI-Brasil (Índice de Demanda Imobiliária) de 2024, divulgado nesta quinta-feira (20).

A capital do Paraná se destaca no padrão econômico, para compradores com renda familiar de até R$ 12 mil (quem tem renda de até R$ 8.000 entra no programa Minha Casa, Minha Vida, por isso o mercado imobiliário considera que imóveis de padrão econômico são para rendas de até R$ 12 mil).

A capital de Goiás lidera no segmento médio, entre R$ 12 mil e R$ 24 mil, e São Paulo fica em primeiro no de alto padrão, acima de R$ 24 mil.

Conduzido pelo Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta em parceria com a Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o levantamento analisou 61 cidades e se baseou em dados reais de transações.

Segundo o estudo, o desempenho de Curitiba está diretamente ligado às restrições do plano diretor da cidade, que dificulta a oferta de moradias populares, como as do programa Minha Casa, Minha Vida. Isso resultou em uma demanda elevada por imóveis econômicos, levando compradores a buscar alternativas na região metropolitana ou imóveis usados.

São Paulo e Goiânia ocupam as primeiras posições no ranking do segmento médio padrão. Florianópolis apresentou um crescimento expressivo, saindo do 9º lugar no início do ano passado para a terceira posição no último trimestre.

Outro destaque foi Maceió, que subiu da 22ª para a 10ª colocação. De acordo com o presidente do conselho consultivo da Cbic, José Carlos Martins, é o reflexo da necessidade de novas moradias para a realocação de famílias do bairro Pinheiro, afetado pelo afundamento do solo.

No alto padrão, Goiânia e Florianópolis se seguem a São Paulo como polo imobiliário do Brasil para famílias com renda superior a R$ 24 mil. No segmento, o destaque foi Fortaleza, que iniciou o ano na 16ª colocação e terminou em 4º lugar, resultado do aumento da demanda e da valorização de novos lançamentos. Já Recife registrou queda na atratividade, com uma redução na busca por imóveis e menor velocidade nas vendas de novos empreendimentos.

O IDI-Brasil se baseia em seis indicadores principais, incluindo demanda direta, dinâmica econômica e atratividade de lançamentos, para estabelecer um panorama sobre o potencial de cada cidade para novos investimentos imobiliários. As cidades são classificadas em diferentes categorias de atratividade, que vão de muito baixa a muito alta, de acordo com sua pontuação no índice.

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