Lula diz que Vale foi governada de forma irresponsável e que se dispõe a ter novo comportamento

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta quinta-feira, 30, que haverá uma nova reunião com a mineradora Vale, após ter se encontrado com o presidente da empresa, Gustavo Pimenta, no Palácio do Planalto, na terça-feira, 28. Segundo Lula, a companhia se dispôs a ter um “novo comportamento” com o governo.

“Foi boa a reunião, e nós vamos fazer uma reunião, que eu vou convocar, para a gente discutir como é que a gente vai vencer os obstáculos de mineração que a Vale está enfrentando”, disse Lula

Ele afirmou que houve um período de gestão “irresponsável” na Vale e destacou a importância da empresa para o Brasil, ao afirmar que o diálogo foi retomado entre a empresa e o governo. “Eu tenho noção da importância da Vale para o Brasil, muita noção. E tenho noção de que a Vale foi governada, em determinado período, de forma muito, mas muito irresponsável”, declarou, em entrevista coletiva à imprensa.

Lula continuou: “A Vale não conversava com o governo e não discutia com o governo os projetos que ela pode participar neste momento de transição energética, neste momento da gente explorar os minerais críticos.”

Em seguida, o presidente da República disse que a reunião com a Vale foi boa.

“Nós tivemos uma reunião, eu fiquei muito contente com a impressão que me passou o presidente da Vale, e nós queremos discutir várias coisas para fazer com que a Vale volte a produzir mais minérios e ela voltar a ser a primeira ou a segunda no mercado internacional. Ela caiu muito no mercado internacional”, afirmou.

Lula prosseguiu: “Acho que foi uma conversa extraordinária. Havia aquela tensão maluca, porque a gente não tinha feito o acordo de Mariana. Há nove anos estava parado o acordo de Mariana, havia gente que achava que era impossível, e nós conseguimos fazer o acordo funcionar.”

Na sequência, o presidente da República disse que, agora, há uma cautela do governo junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) para fazer com que os recursos originários do acordo cheguem “na ponta”.

Estadão Conteúdo

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