‘Veio aquela carreta sem freio’ diz motorista de carro atingido por van onde estavam 9 pessoas que morreram no Paraná


Vítimas eram de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e voltavam de competição. Sete delas eram atletas de remo. Motorista alegou falha mecânica na carreta. ‘Veio aquele caminhão sem freio’ diz motorista de carro atingido por van
Macksuel Rosa de Souza, motorista do carro atingido pela van onde estavam 9 pessoas que morreram em um acidente na BR-376, em Guaratuba, litoral do Paraná, afirmou que chovia no momento da batida, no último domingo (20).
O trecho da rodovia é uma descida de serra. A rodovia liga o Paraná ao estado de Santa Catarina.
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“Só senti o baque, né. Vi a van no retrovisor do carro, olhei ela rodando, e aquela carreta sem freio veio, bateu na van e se jogou pro meio do mato”, disse em entrevista à RPC.
A van transportava um time de remo do Projeto Remar para o Futuro, de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Sete atletas, o coordenador da equipe e o motorista do veículo morreram no acidente. Eles tinham conquistado sete medalhas em um campeonato da categoria.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a van bateu no carro de Macksuel após ser atingida na parte traseira por uma carreta. O veículo onde viajavam os atletas tombou e foi arrastado para fora da estrada.
Motorista alegou falha mecânica
Carreta container tomba sobre van e mata nove pessoas de equipe de remo na BR-376 no Paraná
Corpo de Bombeiros
Em depoimento à Polícia Civil, Nicollas Otilio de Lima Pinto, de 39 anos, condutor da carreta, disse que o veículo apresentou problemas ao longo da viagem e passou pelas mãos de um mecânico duas vezes no domingo, data do acidente.
Ele explicou que saiu de Santos, em São Paulo, e seguia para a Argentina, onde levaria uma carga de 30 toneladas de peças de ferro. No sábado (19), ao passar pelo Paraná, a carreta apresentou problemas.
Nicollas informou que parou o veículo assim que notou o problema. Um guincho da concessionária que administra o trecho o levou até um posto em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, onde disse ter acionado o dono da carreta.
No domingo (20), um mecânico consertou o veículo e Nicollas seguiu viagem. No entanto, cerca de um quilômetro depois, o mesmo problema voltou a aparecer, afirmou o motorista em depoimento.
Novamente, conforme o relato, a carreta foi guinchada, desta vez para uma base operacional. O mecânico foi chamado de novo, mexeu no veículo e o motorista continuou a viagem.
No depoimento, Nicollas afirmou que, ao se aproximar de trecho de serra, a falha reapareceu, momento em que perdeu o controle da carreta e bateu na van que transportava atletas do time de remo.
O advogado Richard Nogueira, que representa o motorista, disse que ele está abalado e transtornado pelo acidente.
Atletas de Pelotas vítimas de acidente na BR-376, no Paraná
Reprodução
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Próximos passos
Motorista do caminhão diz à polícia que veículo passou por conserto antes do acidente
Segundo o delegado Edgar Santana, responsável pelo inquérito do caso, o mecânico que mexeu no veículo será intimado para prestar depoimento. Ele aguarda o resultado de laudos para verificar se a causa do acidente foi, de fato, problema mecânico.
O adeus
Velório de vítimas de acidente com time de remo ocorre em Pelotas (RS)
Augustine Timm/RBS TV
Os corpos das vítimas, que tinham entre 15 e 52 anos, chegaram em Pelotas, no Rio Grande do Sul, no final da tarde desta terça-feira (22).
Elas foram identificadas como:
Samuel Benites Lopes, 15 anos
Henry da Fontoura Guimarães, 15 anos
João Pedro Kerchiner, 17 anos
Helen Belony, 20 anos
Nicoli Cruz, 15 anos
Angel Souto Vidal, 16 anos
Vitor Fernandes Camargo, 17 anos
Oguener Tissot (coordenador), 43 anos
Ricardo Leal da Cunha (motorista), 52 anos
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