O projeto que amplia o número de deputados de 513 para 531, aprovado pelos deputados, dia 6 de maio, chegou no Senado e aguarda despacho do presidente, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), para definir para qual a comissão que o projeto irá tramitar.
Fontes do Senado avaliam ser muito difícil saber se há disposição dos senadores para aprovar o projeto. Lideres partidários, da Câmara dos Deputados, dizem que o presidente do Senado, se comprometeu pautar o projeto que aumenta o número de parlamentares.
Lógico, os estados que perdem cadeiras, como Amazonas ou Rio Grande do Sul, são os mais enfurecidos. Os três senadores gaúchos, Paulo Paim (PT), Luis Carlos Heinze (PP) e Hamilton Mourão (Republicanos) são contra ampliar o número de deputados.
Na opinião do senador gaúcho Luís Carlos Heinze (PP/RS), “ampliar o número de parlamentares, neste momento, é fechar os olhos para a crise nas contas públicas e para tantas outras questões críticas. O que o Brasil e o Rio Grande do Sul precisam é de coerência nas decisões e eficiência na fiscalização”, acentuou o senador progressista Luís Carlos Heinze afirma que “estamos, mais uma vez, diante de um escândalo de corrupção que exige ação firme do Parlamento. Não é hora de discutir ampliação da representatividade, e sim de torná-la mais eficiente.”
“Sou contra o aumento pelo impacto orçamentário que irá causar no país, que já sofre com a irresponsabilidade fiscal do governo”, disse. O senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS). O senador acrescentou: “Porém, nossa Constituição estabelece que o número de deputados federais por estado deve ser proporcional à população e a realidade do Brasil do século XXI é bem mais complexa do que a de anos atrás”.
Cenário: Plenário da Câmara dos Deputados superlotado, deputados espremidos, alguns em pé ou sentados no chão, com expressões de desconforto ou surpresa, cadeiras e mesas insuficientes, algumas com placas de “Reservado” ou “Sem Vaga”.
Uma faixa de protesto na galeria do público Para o deputado Heitor Schuch (PSB/RS), “o projeto poderia ter sido trabalhado de maneira diferente. Espero que o Senado faça as correções que precisa fazer, e torço para que o Supremo não mude tudo que foi pautado aqui”. Se o Senado aprovar a proposta, a partir da próxima legislatura.