Quadrilha de envio de drogas ao exterior em malas pelo aeroporto de Guarulhos é alvo da PF

quadrilha 2

FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Polícia Federal fez uma operação nesta terça-feira (11) contra uma quadrilha especializada em enviar drogas ao exterior por meio do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Osasco e Guarulhos.

Os suspeitos de integrarem a organização criminosa colocavam malas contendo cocaína no interior de aeronaves, como se fossem as bagagens regularmente despachadas.

A troca de etiquetas de bagagens de clientes no aeroporto causou a prisão injusta das brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, na Alemanha, em 5 de março de 2023. As duas, que são casadas, permaneceram 38 dias presas em Frankfurt sob a acusação de levarem 40 kg de cocaína na bagagem -segundo a Polícia Federal do Brasil, que investigou o esquema no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, as malas não eram delas.

Os envolvidos no esquema podem responder pelos crimes de tráfico transnacional de drogas, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de organização criminosa.

As imagens anexadas ao processo apontaram que a mala despachada por Katyna era preta, decorada com alto-relevo geométrico, enquanto a de Jeanne era rosa claro, com zíper da mesma cor. Já uma das bagagens atribuídas a elas em Frankfurt era cinza e não tinha relevo decorativo, enquanto a outra era de um tom rosa metálico, com zíper preto.

Também foram incluídas no processo imagens de um funcionário do aeroporto de Guarulhos mexendo nas etiquetas das duas malas. Ele era contratado de uma empresa terceirizada que atuava no terminal aéreo e acabou preso.

O caso virou alvo da Operação Iraúna, da Polícia Federal em Goiás, que prendeu seis suspeitos de participarem do esquema que troca etiquetas de bagagens para enviar drogas ao exterior.

O método de ação dos criminosos, segundo as autoridades, consiste em retirar aleatoriamente etiquetas de bagagens despachadas e colocá-las em malas que contêm drogas.

A operação já era conhecida pela PF, que investigava a quadrilha desde 2019, e há suspeita de ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.