Pix tem limite? Veja valores das maiores transferências já realizadas na modalidade

Em decorrência das mudanças anunciadas ainda em 2024, mas que voltaram à tona no início de 2025, assuntos relacionados ao Pix estão repercutindo entre os usuários da ferramenta nas redes sociais. Os conteúdos incluem limite do Pix, repasse de informações à Receita Federal e quantidade de usuários que utilizam a forma de pagamento instantâneo — que é o preferido dos brasileiros atualmente.

Limite do Pix e número de usuários da modalidade são curiosidades sobre a forma de pagamento

Limite do Pix e número de usuários da modalidade são curiosidades sobre a forma de pagamento – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/ND

Para sanar a curiosidade dos internautas, a reportagem do ND Mais, com apoio do R7, separou uma série de informações para ajudar os usuários a entender um pouco melhor sobre a forma de pagamento?

Há limite do pix para transferências ou pagamentos?

As transações financeiras através da ferramenta de pagamento instantâneo podem ser configuradas conforme o interesse do usuário, seja pessoa física ou jurídica. O valor de limite do pix é personalizado e, portanto, depende do portador da conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga de onde partirá a transferência.

O que acontece, contudo, é que o usuário e as próprias instituições financeiras podem estabelecer um limite do pix diário a ser utilizado. Segundo o Banco Central, a medida busca reduzir os riscos de fraudes e prevenir crimes como lavagem de dinheiro, ou financiamento de terrorismo.

Em dezembro, foram realizada 250,5 milhões de transações via Pix em um único dia

Em dezembro, foram realizada 250,5 milhões de transações via Pix em um único dia – Foto: Pixabay/ND

Qual é o recorde de transferências via pix?

A maior transferência já realizada através da ferramenta teve o valor de R$ 3 bilhões, realizada em 1º de outubro de 2024. A informação foi repassada ao R7 pelo BC (Banco Central), que também detalhou o maior repasse para pessoa física: R$ 195 milhões, cuja transação foi feita em 20 de dezembro de 2024.

Em dezembro, a modalidade atingiu um novo recorde de movimentações feitas em um único dia: foram 250,5 milhões de transações, segundo o Banco Central. O recorde anterior era de 239,9 milhões de transações, realizadas no dia 29 de novembro. O volume financeiro atingido nas 250,5 milhões de transações foi de R$ 124,3 bilhões.

Quantas pessoas usam a ferramenta?

De acordo com painel do BC, 171.508.021 milhões de pessoas, físicas e jurídicas, utilizavam o Pix até 31 de dezembro de 2024. Ao todo, são 816.751.701 milhões de chaves ativas. Segundo o relatório, as chaves aleatórias encabeçam a lista, com 392.452.444; depois vêm celular (150.117.387), CPF (141.133.538) e e-mail (119.925.575).

Atualização no monitoramento de transações busca evitar fraudes financeiras no Brasil

Atualização no monitoramento de transações busca evitar fraudes financeiras no Brasil – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ND

Como a Receita Federal vai monitorar operações?

A atuação da Receita Federal será realizada com base em informações que serão disponibilizadas pelas instituições financeiras que atuam no Brasil. O monitoramento compreende transações a partir de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para jurídicas. Esse limite do pix busca evitar fraudes na declaração do Imposto de Renda.

As instituições enviarão, a cada seis meses, um relatório com informações sobre transações realizadas pelos clientes, através da ferramenta e-Financeira. Caso o prazo não seja cumprido, as operadoras estarão sujeitas ao pagamento de multa. O usuário não precisará informar ou tomar qualquer iniciativa nada quanto a isso.

Com as alterações, transações via Pix serão taxadas?

Não, nenhum tributo será criado sobre o uso do Pix. Segundo a Receita Federal, a medida visa apenas o “melhor gerenciamento de riscos pelo órgão, em absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal”.

Informações pessoais, como nome, CPF e endereço serão repassados por instituições financeiras à Receita Federal

Informações pessoais, como nome, CPF e endereço serão repassados por instituições financeiras à Receita Federal – Foto: Freepik/ND

Em entrevista à Record, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, reforçou que não será criado nenhum imposto. “Nem existe essa possibilidade. A Constituição Federal não permite a tributação sobre movimentação financeira. Teria que mudar a Constituição Federal. É uma fake news. Não existe essa possibilidade de alteração”, afirmou.

A quais informações a Receita terá acesso?

Além dos dados que o órgão já tem acesso para prevenir e combater a sonegação fiscal, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores e outros crimes aduaneiros, a Receita terá informações como:

  • Nome, nacionalidade, residência fiscal, endereço e CPF (Cadastro de Pessoas Físicas);
  • Número de Identificação Fiscal no exterior, caso seja adotado pelo país de residência fiscal informado;
  • Montantes mensalmente movimentados; • Demais informações cadastrais.
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