Direita venceu 27 das 63 eleições gerais no mundo em 2024; esquerda leva 25

Trump (EUA), Putin (Rússia) e Modi (Índia) foram vitórias importantes da direita; Maduro (Venezuela), Starmer (Reino Unido) e Sheinbaum (México) foram trunfos da esquerda | Imagens: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP; Federico PARRA/AFP; Alexander NEMENOV/POOL/AFP; REUTERS/Phil Noble; Alfredo ESTRELLA/AFP; e Ricardo Stuckert/PR

Partidos ou candidatos de direita venceram em 27 dos 63 países que realizaram eleições nacionais em 2024. A esquerda levou a melhor em 25 nações, mostra levantamento do UOL.

Ligeira vantagem das direitas

Ao todo, 27 países tiveram vitórias de candidatos ou partidos considerados de direita, contra 25 da esquerda. O centro teve cinco vitórias, além de seis países que votaram em partidos ou candidatos independentes, que não foram considerados de nenhum campo específico.

EUA, Rússia e Índia com a direita; França, Reino Unido e México com a esquerda

O campo conservador ainda foi vitorioso em países como Japão e Áustria, enquanto os progressistas levaram a melhor em Coreia do Sul e Uruguai.

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Doze países caminharam para o campo da esquerda, enquanto dez viraram à direita

Na França, a coalizão liderada pela esquerda surpreendeu e conquistou maioria no parlamento. No Reino Unido, os Trabalhistas terão um primeiro-ministro pela primeira vez desde 2010, após hegemonia dos Conservadores. No Uruguai, Yamandú Orsi, pupilo de Pepe Mujica, derrotou o liberal Lacalle Pou. Por outro lado, os Estados Unidos, elegeram Donald Trump, que derrotou a democrata Kamala Harris. A Áustria deu vitória inédita ao Partido da Liberdade, considerado de extrema direita, nas eleições parlamentares. Em Portugal, a coalizão liderada pelo PSD, de centro-direita, foi a mais votada no pleito legislativo, derrotando o Partido Socialista.

Vitória de Trump tem peso maior, segundo pesquisador

Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Relações Internacionais da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado) e FGV (Fundação Getúlio Vargas), diz que é precisa avaliar a influência das eleições de cada país e destaca as eleições nos EUA.

“Se o país que sempre foi considerado um exemplo de democracia liberal optou claramente por um candidato de direita, então é um indício de que não importa se os demais continuaram [com suas ideologias políticas]. Se os Estados Unidos estão ali muito à direita, é sintomático que a democracia liberal está em crise”, diz Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Relações Internacionais da FAAP.

Sem mudança em 41 países

Nessas nações, não necessariamente o mesmo partido ou candidato saiu vencedor, mas a mesma corrente ideológica foi a mais votada nos dois últimos pleitos.

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Metodologia

Foram consideradas apenas eleições gerais (em todo o país), mesmo as que não elegeram chefes de Estado

 No caso de pleitos legislativos, o vencedor foi considerado o partido ou coalizão com mais eleitos. Em países que elegeram chefes de Estado (presidente ou primeiro-ministro) e também tiveram eleições legislativas, foi considerado vencedor o campo ideológico do chefe do Estado escolhido.

Campos ideológicos foram registrados segundo as peculiaridades de cada país

Os partidos foram categorizados conforme se identificam e/ou são tratados por veículos de mídia da respectiva nação. No caso de chefes de Estado eleitos, foi considerado o campo ideológico do candidato, não apenas o do partido/coalizão. Por isso, por exemplo, que Donald Trump, que concorreu pelo Partido Republicano, de direita clássica, foi categorizado como de extrema direita. As classificações foram revisadas e aprovadas por especialistas em ciência política e relações internacionais.

Nações fora do cenário ideológico tradicional

Kiribati, Palau, Tuvalu e Ilhas Salomão, micro países localizados na Oceania, foram considerados independentes por conta do tamanho e da organização política das nações. No caso da Tailândia, que teve a eleição para o Senado contabilizada neste levantamento, a classificação também foi a mesma, pois os candidatos não foram vinculados a partidos políticos. Já no caso da Jordânia, o partido de esquerda IAF conquistou 31 assentos no parlamento, mesmo número dos candidatos independentes (sem partido). Com isso, ninguém atingiu maioria.

UOL

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