IPEDF divulga boletim de pesquisa de emprego e desemprego do DF

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Por Camila Coimbra
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A Área Metropolitana de Brasília (AMB) abrange o Distrito Federal e os municípios vizinhos, incluindo cidades do entorno no estado de Goiás, como Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás, Luziânia, Alexânia, Novo Gama, Formosa, Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Planaltina e Padre Bernardo. Esses municípios formam a Periferia Metropolitana de Brasília (PMB), composta por regiões que dependem do Distrito Federal para oportunidades de trabalho e acesso a serviços. Segundo os dados de outubro de 2024 da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o desemprego apresentou variações nessas regiões, refletindo desigualdades no mercado de trabalho.

Em setembro de 2024, a taxa de desemprego na Periferia Metropolitana de Brasília foi de 15,1%, uma leve melhora em comparação com os 15,9% registrados em setembro de 2023, mas um aumento em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 13,3%. A população ocupada na PMB totalizava 535 mil pessoas em setembro de 2024, uma redução de 2,7% em comparação com agosto, quando o contingente era maior. O setor de serviços foi o que mais perdeu postos de trabalho, com uma queda de 5,9%, enquanto a construção civil apresentou um crescimento de 6,5% na ocupação.

Para o Distrito Federal, que faz parte da Área Metropolitana de Brasília (AMB), os números também apresentaram uma melhora relativa. Em setembro de 2024, a taxa de desemprego total na região foi de 15,3%, uma redução significativa em relação aos 16,3% observados no mesmo mês do ano passado. Em comparação com agosto de 2024, no entanto, houve uma leve alta, passando de 15,0% para 15,3%. Esse crescimento no desemprego está relacionado à queda na participação da força de trabalho, que passou de 65,4% em agosto para 64,6% em setembro. A ocupação no setor de serviços também recuou (-2,0%), enquanto o segmento da administração pública aumentou 1,9%.

Em termos de desemprego aberto (pessoas que procuraram emprego de forma ativa, mas não encontraram) e desemprego oculto (aqueles que desistiram de procurar emprego ou estão em ocupações precárias), a pesquisa mostra aumento no desemprego oculto nas duas regiões. Na PMB, o desemprego oculto saltou de 2,4% para 3,2%, e o desemprego aberto ficou em 11,9% em setembro. Na Área Metropolitana de Brasília, o desemprego oculto aumentou para 2,7%, enquanto o desemprego aberto registrou uma leve queda, passando de 12,7% para 12,6% no último mês.

O levantamento revelou ainda dados sobre a renda média dos trabalhadores. Na Periferia Metropolitana, o rendimento médio real dos ocupados teve uma leve alta entre julho e agosto de 2024, com assalariados recebendo, em média, R$ 2.475, e autônomos, R$ 2.348. Na Área Metropolitana, a renda média dos trabalhadores manteve-se estável no último ano, com um valor de R$ 3.923 para os ocupados em geral e um aumento de 0,4% na massa de rendimentos reais.

No Distrito Federal, a taxa de desemprego em setembro de 2024 foi de 15,4%, levemente inferior aos 16,5% observados em setembro de 2023. A taxa de participação no mercado de trabalho teve uma leve queda de 65,6% para 64,7% entre agosto e setembro de 2024. O setor de serviços, que é um dos principais empregadores da capital, apresentou uma retração de 0,8%, enquanto a construção civil também teve redução (-4,0%). Já o segmento da administração pública cresceu 3,2% no período. Os trabalhadores autônomos tiveram uma alta no rendimento médio real de 3,6%, alcançando R$ 3.231, enquanto os assalariados apresentaram uma ligeira queda no setor privado (-2,2%).

Os dados mostram desigualdades do mercado de trabalho na Área Metropolitana de Brasília e no Distrito Federal. A Periferia Metropolitana, que concentra boa parte dos trabalhadores que se deslocam diariamente para a capital, continua a enfrentar desafios econômicos com taxas de desemprego elevadas e menor renda média. Em contrapartida, no DF, o mercado de trabalho permanece mais estável, mas ainda com altos índices de desemprego, sobretudo em áreas como serviços e construção civil, setores que impactam diretamente o desempenho econômico da região.

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