Onda de furtos de Hidrômetros atinge a Grande Florianópolis

Nos últimos dois meses, a Grande Florianópolis tem enfrentado uma onda de furtos de hidrômetros, com 300 ocorrências registradas pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). A situação tem gerado revolta entre os comerciantes, especialmente no Centro de Florianópolis, onde os criminosos têm agido com frequência, afetando a segurança da área e prejudicando os negócios locais.

Além dos hidrômetros, outros itens têm sido alvos de roubos, como fios de ar-condicionado, intensificando o clima de insegurança. Para empresários da região, a principal causa desse aumento da criminalidade é a impunidade. A Polícia Militar compartilha dessa percepção, pois, embora os criminosos sejam presos, muitos acabam soltos rapidamente após a audiência de custódia, retornando à criminalidade.

Furtos diários e ação da Polícia Militar

No último fim de semana, três hidrômetros foram furtados na rua Conselheiro Mafra, e outros dois na terça-feira (7) à noite. “Toda noite tem furto. Não só aqui, como na Avenida Hercílio Luz. Roubaram até o hidrômetro da prefeitura, na rua Othon Gama d’Eça”, relata um comerciante, que prefere não ser identificado.

A situação foi debatida na última reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Centro, onde se decidiu organizar uma visita aos juízes das varas criminais de Florianópolis. O objetivo é mostrar que os furtos não são delitos isolados, mas sim uma série de ações criminosas recorrentes. “Eles atuam, furtam, são agressivos, intimidam, a polícia prende e, quando vão para audiência de custódia, são soltos”, afirmou um comerciante local, reforçando a necessidade de um enfoque mais rigoroso.

Desafios no combate à criminalidade e a receptação dos materiais

Para o Tenente Gustavo Müller, da Polícia Militar, esses furtos, embora considerados pequenos delitos do ponto de vista jurídico, têm grande impacto para as vítimas. Muitos criminosos acabam sendo liberados após a audiência de custódia, já que, geralmente, os furtos não envolvem violência ou grave ameaça.

A Polícia Civil também reconhece que o problema vai além dos furtos. A delegada Ana Cáudia Saraiva ressaltou a importância de ações conjuntas para combater a receptação desses materiais, frequentemente vendidos em ferros-velhos ou empresas que lidam com metal. “Se não tiver para quem vender, não tem por que furtar”, explicou a delegada.

Soluções e estratégias para combater os furtos

Maryanne Mattos, vice-prefeita de Florianópolis, afirmou que a gestão está focada em fortalecer a segurança no Centro da cidade, com especial atenção para os furtos à noite. “Estamos intensificando as ações da Guarda Municipal e aumentando as rondas, principalmente para verificar a situação dos hidrômetros e dos fios”, destacou Maryanne, lembrando também da Operação Fio Desencapado, que visa combater a receptação desses itens furtados.

A onda de furtos na Grande Florianópolis tem gerado uma crescente preocupação entre empresários, moradores e autoridades, que buscam soluções para coibir a criminalidade e restaurar a sensação de segurança na região.

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