Brasil atingiu em 2024 valores recorde de exportação para EUA, Espanha, Canadá e outros

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, declarou no período da tarde desta segunda-feira, 6, que o Brasil registrou valores recorde de exportações para EUA, Espanha, Canadá e outros países em 2024.

“Isso aconteceu com cerca de 50 mercados. Por exemplo, nós nunca exportamos tanto para países como Estados Unidos, Espanha, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, entre vários outros”, declarou Tatiana.

Ela informou que houve aumento das exportações, por exemplo, em automóveis, aeronaves, equipamentos como compressores e bombas de ar.

Em paralelo, houve recordes em produtos como carne bovina e suína, celulose, ferro e sucos de fruta.

China

O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que as exportações para a China caíram 40,2% em dezembro do ano passado. No geral, o valor exportado ao país asiático caiu 9,3% em 2024, devido à queda de preços, segundo o técnico do MDIC.

Em dezembro, as exportações somaram US$ 24,9 bilhões e as importações alcançaram US$ 20,1 bilhões.

Os dados foram divulgados nesta segunda. Ao detalhar o resultado em entrevista coletiva à imprensa, Herlon Brandão afirmou que o volume de exportações de café cresceu 30,8% e levou ao avanço de 0,7% no conjunto das vendas de produtos agrícolas em 2024.

Já as exportações de carne bovina cresceram 22,8% e celulose registrou avanço de 33,7% em 2024.

O diretor de Estatísticas do MDIC explica que, com a alta do PIB – com expectativa de 3,5% para 2024 -, o Brasil tende a aumentar a demanda de bens importados.

EUA

O valor exportado pelo Brasil aos Estados Unidos aumentou 9,2% em 2024, impulsionado pela alta de volume de vendas para o país, segundo Herlon Brandão. No acumulado de janeiro a dezembro de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, as exportações para os Estados Unidos atingiram US$ 40,33 bilhões. As importações cresceram 6,9% e totalizaram US$ 40,58 bilhões. A balança comercial com o país apresentou déficit de US$ -0,25 bilhões.

Herlon Brandão também reforçou que o MDIC prevê que as exportações brasileiras somem US$ de 320 bilhões este ano a US$ 360 bilhões, ante os US$ 337 bilhões de 2024. Para as importações, é esperado um valor que varia de US$ 260 bilhões a US$ 280 bilhões

Já em relação à corrente de comércio, o MDIC projeta um valor entre US$ 580 bilhões e US$ 640 bilhões em 2025.

Intenção de manter e aprofundar vínculos econômicos com EUA

Tatiana Prazeres, por sua vez, disse que o governo vai trabalhar para manter os vínculos comerciais com os Estados Unidos. O fato de o Brasil ter déficit comercial com o país deve evitar que esteja no foco da nova administração de Donald Trump, afirmou.

“O Brasil, na contabilidade do próprio governo americano, somando-se bens e serviços, responde pelo sexto superávit comercial dos Estados Unidos”, disse Prazeres, em uma entrevista coletiva. “A questão do superávit ou déficit comercial é algo que parece chamar atenção do próximo governo dos Estados Unidos e, nesse quesito, o fato de que os americanos acumulam superávit com o Brasil deveria ser levado em conta.”

Prazeres afirmou que as relações empresariais e o fluxo intercompanhia “significativo” entre Brasil e Estados Unidos devem fazer com que a relação comercial seja não apenas poupada, mas “privilegiada”.

Segundo a secretária, o governo vai contar com o Diálogo Comercial Brasil-Estados Unidos nos próximos anos para fortalecer os vínculos comerciais com os norte-americanos.

Estadão Conteúdo.

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