Brics: Putin se reúne com chefes de governo da Índia e da China


As sessões dos chefes de Estado só começam nesta quarta-feira (23). A principal discussão vai ser a criação da categoria de países parceiros do bloco: cerca de 30 tinham se candidatado. Lista extraoficial dos BRICS deixa Venezuela de fora da lista de países parceiros do bloco
Na manhã desta terça-feira (22), o presidente Lula recebeu uma ligação do russo Vladimir Putin. Segundo a assessoria da Presidência, Putin perguntou sobre o estado de saúde de Lula, lamentou a ausência do brasileiro na reunião do Brics, na cidade russa de Kazan, e disse que vai fazer todos os arranjos para que Lula possa participar do encontro por videoconferência.
A assessoria declarou que Lula ainda avalia se vai participar ou não da reunião por causa do fuso horário. Vai ser durante a madrugada no Brasil.
Em Kazan, Putin se reuniu com os chefes de governo da Índia e da China.
O primeiro compromisso do presidente russo foi com a ex-presidente Dilma Rousseff, agora presidente do Novo Banco de Desenvolvimento – conhecido como banco do Brics. Dilma defendeu o fortalecimento do bloco.
O sistema financeiro internacional, baseado no dólar, é uma barreira para a Rússia desde que o Ocidente começou a impor uma série de sanções por causa da invasão à Ucrânia. Mas, além de tentar uma alternativa à moeda americana, Vladimir Putin também está usando a Cúpula do Brics, em Kazan, para tentar mostrar que o Ocidente não conseguiu isolá-lo e se apresentar ao mundo como líder de um bloco forte e unido.
O presidente chinês, Xi Jinping, e o russo Vladimir Putin
Jornal Nacional/ Reprodução
As sessões dos chefes de Estado só começam nesta quarta-feira (23). A principal discussão vai ser a criação da categoria de países parceiros: cerca de 30 tinham se candidatado. Nesta terça-feira (22), circulou uma lista extraoficial com nomes dos que devem ser aceitos. A Venezuela ficou fora.
Putin aproveitou a presença dos maiores líderes não ocidentais para reuniões bilaterais. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, ofereceu ajuda para intermediar o fim da guerra na Ucrânia e disse que os problemas devem ser resolvidos de forma pacífica.
O presidente chinês, Xi Jinping, a quem Putin chamou de “querido amigo”, foi outro a incluir a guerra na conversa. Xi Jinping disse que a situação internacional está tomada pelo caos e classificou a parceria estratégica Pequim-Moscou como uma força para a estabilidade.
Nesta terça-feira (22), circulou uma lista extraoficial com nomes dos que devem ser aceitos no Brics
Jornal Nacional/ Reprodução
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