Chefe da diplomacia dos EUA conversa com líderes opositores venezuelanos

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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, conversou nesta segunda-feira (30) com os opositores venezuelanos Edmundo González Urrutia, reconhecido por Washington como presidente eleito do país sul-americano, e María Corina Machado, informou o Departamento de Estado.

“Blinken conversou hoje com o presidente eleito Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, líderes da oposição democrática venezuelana”, destacou o comunicado da entidade.

Na conversa, “foi reafirmado o compromisso dos Estados Unidos em apoiar a vontade do povo venezuelano expressa nas urnas, a restauração pacífica da democracia na Venezuela e a libertação de todos os presos políticos injustamente detidos”, afirmou o texto divulgado.

A reeleição de Nicolás Maduro nas presidenciais de 28 de julho para um terceiro mandato de seis anos foi fortemente questionada pela oposição, que estima que seu candidato, González, venceu com mais de 67% dos votos.

Espera-se que Maduro tome posse novamente em 10 de janeiro.

Além dos Estados Unidos, a União Europeia e muitos países latino-americanos não reconhecem a reeleição de Maduro, que desde 2013 mantém o poder após várias eleições contestadas.

A proclamação de sua vitória provocou protestos e confrontos com a polícia, resultando em 28 mortos e cerca de 200 feridos.

Mais de 2.400 pessoas foram detidas durante os distúrbios pós-eleitorais, acusadas principalmente de terrorismo e incitação ao ódio. Muitas foram encarceradas em prisões de segurança máxima.

O Ministério Público venezuelano sustenta que sempre respeitou os procedimentos judiciais. Em meados de novembro, iniciou uma revisão dos processos que, segundo informou, levou à libertação de mais de 900 detidos, incluindo todos os menores presos após a crise pós-eleitoral.

Ativistas de direitos humanos divulgaram nesta segunda-feira um relatório sobre as condições de detenção dos “presos políticos” na Venezuela, consideradas “desumanas”, e destacaram que essas condições “pioraram” desde a controversa reeleição de Maduro.

© Agence France-Presse

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