Entre mundos: Flávia Helena e Paulo Lins unem folclore e fantasia em nova obra juvenil

A literatura fantástica acaba de ganhar uma nova adição vibrante e cheia de imaginação. Em seu mais recente lançamento, Criação do Novo Mundo, a Editora Nova Fronteira une os talentos de Flávia Helena e Paulo Lins para levar leitores jovens a uma aventura única, agora disponível nas livrarias. Com a arte envolvente de Guilherme Campello, a obra convida o público a mergulhar em um universo onde a criatividade é a chave e a imaginação, o combustível.

Criação do Novo Mundo destaca Miguel e Luísa, protagonistas que, juntos, enfrentam uma jornada repleta de desafios e descobertas. O livro, que incorpora elementos do folclore brasileiro, constrói um cenário fantástico onde, segundo os autores, tudo é possível. Flávia Helena e Paulo Lins exploram a ideia de que a criatividade pode, sim, mudar o mundo — real ou imaginário — ao nosso redor.

A história começa com Miguel, um jovem à procura de aventuras, que vê no videogame um portal para um mundo fantástico, onde o Saci-Pererê se torna seu guia. Juntos, ele e Luísa encontram jardins de doces e castelos majestosos, mas o equilíbrio desse universo é ameaçado quando o vilão Brutus surge para desafiar os amigos.

Para Flávia Helena, o livro é uma espécie de retorno à sua infância. “Quando o Paulo me apresentou a ideia para desenvolver a história – e inventar um mundo novo – eu vi a oportunidade de criar um universo em que os anseios da Luísa e do Miguel fossem possíveis, mas também um lugar onde eles pudessem interagir com seres folclóricos, lendários, mitológicos, que nada mais era do que um desejo meu muito antigo”, conta a autora, que mistura no enredo as próprias memórias e fascinação por lendas.

Paulo Lins, renomado por Cidade de Deus, explica que a inspiração para esse projeto veio de uma visão simples, há mais de uma década. “Há dez anos, no Parque Lage, observando as crianças brincarem, pensei em fazer um filme infantil leve, já que minhas criações eram sempre mais pesadas e violentas”, comenta. “Contei essa ideia à Flávia, que decidiu escrever o livro com sua perspectiva, e o resultado foi essa nova história.”

Paralelamente, Paulo Lins celebra o sucesso da série Cidade de Deus: a luta não para, que amplia a crítica social presente no clássico ao abordar também o crime do colarinho branco. “Eu tive a ideia de criar Cidade de Deus: a luta não para, quando recebi uma proposta de uma produtora estrangeira para criá-la. Porém os direitos eram da produtora O2, então eu falei com Andrea Barata, Fernando Meirelles e Gustavo Gontijo que concordaram em fazer a série. A gente pensou em não só falar da criminalidade que acontece nas favelas, mas abordar o crime do colarinho branco, que é na verdade o grande causador da violência no Brasil. As pessoas que entram para a criminalidade, ainda crianças, nas comunidades, na verdade, são mais vítimas do que bandidos”, revela o autor.

Em um vídeo publicado no Instagram, Paulo e Flávia compartilham detalhes sobre o processo criativo da obra, revelando que conversaram com muitas crianças para compreender suas ideias sobre um novo mundo. Juntos, eles unem fantasia e crítica social para criar histórias profundas que encantam e provocam reflexões. A obra já está disponível na Amazon, convidando os leitores a explorar um universo onde a criatividade se conecta com questões relevantes da vida real.

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