“ As produções da Globo ficaram rasas e repetitivas por conta de perder dinheiro”, comenta ex-diretor da Globo Mauro Mendonça

Amores, estou me preparando para ir pedalar lá no calçadão de Copacabana com umas amigas, quando vejo no meu instagram, uma postagem sobre o Mauro Mendonça Filho.

O ex-diretor da Globo desceu a lenha na falta de investimento dos estúdios brasileiros na literatura. Conhecido pelo seu trabalho na direção de novelas como Travessia (2022), Verdades Secretas (2015) e O Outro Lado do Paraíso (2017), ele destacou que a falta de confiança e principalmente, o medo de perder dinheiro faz com que essas produções fiquem rasas e repetitivas.

Mendonça também se manifestou a favor das “tramas de época”, como são conhecidas as histórias ambientadas fora da cena contemporânea.

Ele fez questão de elogiar a Netflix pela série Cem Anos de Solidão, baseada na obra do escritor e jornalista colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), que mistura realismo mágico e ficção histórica para descrever uma saga familiar. Ele enfatizou que a qualidade da produção se deu graças ao “risco” que o streaming correu em investir dinheiro nessa trama de altíssimo custo.

A adaptação de Cem Anos de Solidão escancara o absoluto descrédito do audiovisual brasileiro pela própria literatura”, escreveu ele em uma publicação no Instagram, nesta sexta (27).

“A alegação de que ‘época não performa’, no fim das contas, é o álibi perfeito para o engajamento no superficial, sob a eterna justificativa de que o sucesso é algo urgente a ser conquistado, como se nunca tivesse sido”, criticou ele.

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