Coreia do Sul tem 2º impeachment em duas semanas

han duck soo

Seul, 27 – A crise de liderança da Coreia do Sul se aprofundou ontem depois que o Parlamento votou para destituir um segundo presidente em menos de duas semanas. O presidente interino Han Duck-soo, que havia assumido o cargo no lugar de Yoon Suk Yeol, foi afastado por unanimidade. Seu antecessor caiu depois de tentar impor uma lei marcial no dia 3.

Agora, o vice-premiê e ministro das Finanças, Choi Sang-mok, assume como o novo presidente interino do país. “A coisa mais importante agora é minimizar a confusão nos assuntos de Estado”, disse Choi.

Han assumiu o cargo no dia 14 enquanto a Corte Constitucional avalia se reintegra ou remove formalmente Yoon do poder. A decisão do Parlamento ocorreu depois que Han se recusou a nomear juízes para preencher as três vagas em aberto no Tribunal, acusando-o de “participar ativamente da insurreição”.

Seis ou mais juízes devem votar para confirmar a saída de Yoon. No entanto, as três cadeiras vagas permitem que o impeachment seja anulado com apenas uma voz dissidente.

A oposição pressionava Han para apontar o mais rápido possível os três nomes. Mas o partido governista de Yoon argumentou que apenas um presidente eleito tem o poder de nomear juízes.

Han disse que não nomearia os indicados a menos que os partidos rivais chegassem a um acordo sobre se ele tinha autoridade para fazê-lo como presidente interino e sobre quem deveria ser nomeado como juízes.

Esta foi a primeira vez que a Coreia do Sul destituiu um presidente interino. Com isso, o país segue sem um líder forte que possa assumir o governo e o Exército em um contexto de escalada com a Coreia do Norte e com os desafios econômicos em casa. A incerteza política empurrou a confiança empresarial e do consumidor para baixo e fez com que a moeda, o won, despencasse

O último impeachment “sugere ao mundo a possibilidade de que a agitação política do país possa ser prolongada e piorar”, disse Jeong Hoiok, professor de ciência política na Universidade Myoungji em Seul.

(Com agências internacionais).

Estadão Conteúdo

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