F1 2025: contenção ou ousadia?

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Os motores de 2024 foram desligados, todas as vagas na escalação de pilotos da F1 2025 já estão preenchidas, e com isso as equipes agora se concentram nos projetos daqueles que serão os últimos carros sob a regulamentação atual. Por isso, há uma curiosidade crescente sobre quem irá revolucionar o seu monoposto e quanto pretende investir.

Não é segredo que a prioridade vai recair sobre o carro de 2026, com um amplo e arrojado planejamento, de forma a torná-lo mais competitivo.

No entanto, os novos regulamentos ainda estão propositalmente em evolução, já que o objetivo da FIA é evitar desencorajar o investimento nos carros de 2025.

É certo que grandes reviravoltas são improváveis, mas o fato de nenhuma das principais equipes ter parado de desenvolver seus carros de 2024 sugere surpresas.

E as reviravoltas da recém concluída temporada, com a Red Bull perdendo terreno diante da evolução da McLaren e Ferrari, também nos levam a crer que ainda há razões para esperar mudanças significativas.

No caso da McLaren, que termina o ano com o carro mais completo do grid, é razoável esperar que o modelo de 2025 seja descendente direto do atual.

Mas a equipe acena com “mudanças ousadas” para continuar sua ascensão, que resultou na conquista do título de construtores 2024 e do vice no Mundial de Pilotos por Lando Norris.

O CEO Zak Brown destacou que a confiança está em alta e revelou que haverá alterações mais arriscadas, em vez de apenas ajustes pontuais.

Depois do baque sofrido na última metade do campeonato com a queda de desempenho do RB20, o engenheiro-chefe da Red Bull, Paul Monaghan, disse que um dos objetivos é desenvolver um carro mais potente. Sua meta para 2025 é “ter um bom carro em mais de um tipo de pista”.

E isso vai ser mesmo necessário, pois mesmo com o contrato de Verstappen tendo uma cláusula de saída por performance até o final de 2028, o pai do piloto, Jos, disse que ele só vai ficar se time brigar pelo título em 2025.

Competitividade também é a palavra-chave da Ferrari e o ano novo promete ser bem agitado pelos lados de Maranello. Com a dupla de pilotos mais aguardada do grid, a italiana promete ‘arrebentar a boca do balão’.

Segundo o chefe da equipe, Fred Vasseur, o novo projeto traz uma abordagem extremamente agressiva, com menos de 1% dos componentes sendo aproveitados do carro de 2024.

A equipe também anunciou que o lançamento oficial para a temporada 2025 ocorrerá em 19 de fevereiro, no circuito de testes de Fiorano.

A Mercedes, que terá Valteri Bottas como piloto reserva para 2025, foi outra que reavaliou seus planos para o novo carro, diante das dificuldades enfrentadas a partir das férias de agosto.

Mas o diretor de engenharia, Andrew Shovlin, adiantou que a equipe deve criar um “primo próximo” do W15, justamente para não gastar muito tempo e dinheiro em um projeto de apenas um ano.

Em proporções diferentes, as quatro maiores equipes que brigam por campeonatos estão atentas em progredir.

Mas o mesmo não se aplica àquelas que não têm ambições particulares para a próxima temporada e, portanto, motivação para prosseguir com mudanças drásticas.

E uma delas é justamente a Sauber, equipe de Gabriel Bortoleto, que fechou 2024 em último lugar entre os construtores, somando apenas os quatro pontos de Zhou Guanyu no Catar.

Se 2024 foi difícil para o time de Hinwil, Nico Hulkenberg, que vai formar dupla com o brasileiro, já avisa que 2025 ainda será desafiador, mesmo com a chegada de Mattia Binotto, ex-chefe da Ferrari, como CEO, e de Jonathan Wheatley, da Red Bull, como novo chefe de equipe.

Por isso os fãs devem ter em mente que o piloto não terá um ano de estreia fácil, mas as coisas prometem melhorar com a chegada da Audi em 2026.

Enfim, cada equipe já tomou as decisões para a próxima temporada. A campanha tem potencial para ser épica, mas só mesmo em fevereiro é que veremos quem ousou e vai pagar pra ver.

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