Mulher que fez bolo em Torres foi a única a comer duas fatias, diz polícia


Três pessoas morreram após comer bolo servido em Torres. Mulher que fez o bolo e uma criança de 10 anos seguem internadas, mas apresentaram melhora. Bolo passou por perícia. Perícia analisa bolo consumido em Torres, RS
A mulher que fez o bolo em Torres, no Litoral Norte do RS, foi a única pessoa da casa a comer duas fatias, de acordo com a investigação da Polícia Civil. Ela segue internada em um hospital da cidade.
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“Ela foi a única a comer duas fatias de bolo, mas não temos nada, a princípio, a suspeitar dessa situação”, informou o delegado Marcos Vinícius Veloso ao g1.
A Polícia apura as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar. Além da mulher, segue internado um menino de 10 anos. Os dois tiveram melhora no estado de saúde e estão “clinicamente estáveis”, de acordo com boletim médico divulgado na manhã de quinta-feira (26).
Três pessoas morreram após comer o bolo. Elas foram identificadas como as irmãs Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, e Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, além de Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, filha de Neuza.
Arte mostra quem são as pessoas que comeram bolo em Torres
Reprodução/RBS TV
As três vítimas morreram com intervalo de algumas horas. As duas primeiras tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes de Torres. A terceira teve como causa da morte divulgada “choque pós intoxicação alimentar”.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal. Apenas uma delas não teria comido o bolo. A mulher que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada.
A investigação encaminhou os corpos para necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), órgão responsável por atestar a causa da morte. Os alimentos consumidos pela família foram recolhidos e passaram por perícia.
“Nós temos informações, inclusive, que tinha uma maionese lá que estava vencida há um ano. Havia, de fato, produtos vencidos na residência. Foi encontrado um frasco, um remédio, que não é tarja preta, que dentro dele deveria haver cápsulas e não havia cápsulas. Havia um líquido branco. E esse líquido branco será periciado também”, explicou o delegado Marcos Vinícius Velho.
Conforme o delegado, o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro por intoxicação alimentar. A morte não foi investigada pela polícia, por ter sido considerada natural. Agora, a polícia instaurou inquérito sobre o caso e pediu exumação do corpo.
Duas pessoas que comeram bolo e morreram são sepultadas em Canoas
Bolo que teria causado envenenamento ou intoxicação
Divulgação/Polícia Civil
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