PGR opina ao STF contra pedido de liberdade do general Mário Fernandes, preso por trama golpista

A Procuradoria-Geral da República (PGR), em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), opinou contra o pedido de liberdade do general Mário Fernandes.
O militar foi preso pela Polícia Federal no fim de dezembro por envolvimento na trama golpista que, segundo as investigações, queria, no fim de 2022, impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fernandes tinha cargo no Palácio do Planalto (era executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Lula nas eleições.
Contra ele, pesam alegações da PF de que participou de um plano para capturar e matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A PGR entendeu que a prisão preventiva de Fernandes foi bem fundamentada e atende os requisitos de proteger as investigações.
A determinação da prisão preventiva do requerente [MArio Fernandes} foi adequadamente fundamentada, justificada e sopesada ante as particularidades do caso concreto, que apontou a existência de ações operacionais ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais (FE) do Exército, com participação do requerente, General de Brigada da reserva, com a finalidade, inicialmente, de monitoramento de Ministro do Supremo Tribunal Federal, para a execução de sua prisão ilegal e possível assassinato, e, posteriormente, com o planejamento dos homicídios do Presidente e Vice-Presidente eleitos, com a finalidade de impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício da Democracia e do Poder judiciário brasileiro”, escreveu a PGR no ofício ao STF.
Cabe agora ao STF decidir se aceita ou nega o pedido da defesa de suspender a prisão do general.
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