CBF pode “jogar duro” com a Globo por demonstração de apoio à candidatura de Ronaldo

ronaldo

Na semana que passou, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, expôs a sua irritação com a Globo, após uma entrevista de Ronaldo ao programa de Ana Maria Braga, que pediu votos para o ex-jogador da Seleção. Como se sabe, o Fenômeno lançou informalmente a sua candidatura à presidência da entidade.

Ednaldo Rodrigues irritou-se com a postura da apresentadora e alegou que houve parcialidade em seu discurso a favor de Ronaldo e contra a continuidade da atual diretoria. Isso pode, inclusive, causar estragos na relação da CBF com a emissora, especialmente no contrato dos direitos de transmissão da Copa do Brasil e partidas da Seleção Brasileira. Além disso, recentemente, as partes chegaram a um consenso pelo direito de exibição da Supercopa do Brasil, que será vigente por três anos.

Apesar do suposto apoio da Globo, a candidatura de Ronaldo, como já dissemos aqui, é um tanto ou quanto utópica, porque o sistema que controla o futebol é um terreno minado, difícil de trafegar. Basta ver, por exemplo, como é composto do Colégio Eleitoral.

No modelo atual, esse grupo de eleitores é composto pelos presidentes das Federações Estaduais, que têm “peso 3”; os 20 clubes da Série A, que têm “peso 2”; e os 20 clubes da Série B, que têm “peso 1”.

Para entender melhor: as 27 Federações, juntas, somam 81 votos. Os 40  times das séries A e B, juntos, somam 60 votos. Ou seja, quem vai decidir o jogo em qualquer pleito eleitoral  da CBF serão sempre os presidentes das federações.

Ronaldo sabe que será difícil reverter o comprometimento que sempre existiu dos presidentes das federações com quem está sentado na cadeira de presidente.

Mas, em se tratando do Fenômeno, tudo pode acontecer.

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