Assessores do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foram alvos de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (19). No início de 2024, o parlamentar também foi alvo da corporação por financiamento e planejamento dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Desta vez, os investigados são suspeitos de uso de recursos parlamentares para pagamentos irregulares. A operação recebeu o nome de “Rent a Car” devido ao modus operandi dos investigados, que utilizaram uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços.
Quem é Carlos Jordy, deputado federal que tem assessores investigados
Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior, de 42 anos, está no segundo mandato como deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, reeleito em 2022 com 114.587 votos. No pleito anterior, recebeu votação mais expressiva, conquistando 204.048 votos. Entre março e abril de 2024, foi líder da bancada de oposição na casa legislativa.
Nas eleições de 2024, Jordy foi candidato a prefeito do município carioca de Niterói, de onde é natural. Ele chegou ao segundo turno da disputa, mas perdeu para Rodrigo Neves (PDT), que conquistou 57,20% dos votos válidos, contra 42,80% do bolsonarista. Na mesma cidade, Jordy foi vereador entre 2017 e 2019, pelo PSC.
Ex-garçom em praia de SC e servidor de carreira
O deputado carioca teve uma breve passagem por Santa Catarina, onde se formou como bacharel em Turismo e Hotelaria, pela Universidade do Vale do Itajaí, onde me formei como Bacharel em Turismo e Hotelaria. Entre 2007 e 2009, o Carlos Jordy trabalhu como garçom e atendente em dois restaurantes de Balneário Camboriú.
Em 2011, o deputado foi aprovado no concurso de Analista de Planejamento e Orçamento da Prefeitura Municipal de São Gonçalo, lotado na Secretaria de Fazenda e passei a trabalhar na elaboração dos instrumentos orçamentários — função que exerceu até o início da atuação como vereador e, posteriormente, deputado federal.
Polêmicas e investigações
Em 2019, o deputado federal fez insinuações, nas redes sociais, relacionando o influenciador, Felipe Neto, ao massacre que ocorreu em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, naquele mesmo ano. Em 2021, ele foi condenado a indenizar o youtuber em R$ 35 mil.
No mesmo ano, o parlamentar chamou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de “vagabundo”, pelas redes sociais. A ofensa aconteceu após a prisão do ex-deputado Daniel Silveira, detido por apologia ao AI-5.
Em outubro de 2023, um dos assessores de Jordy se envolveu em uma confusão envolvendo o relatório final da CPI dos Atos Golpistas. No início de 2024, o deputado federal foi condenado por financiamento nos atos de 8 de janeiro.