Governo prevê R$ 3,7 bilhões em investimentos em novas áreas de exploração de petróleo

Foto: Reprodução/GettyImages

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta quarta-feira (18), a inclusão de 393 blocos exploratórios e cinco campos de petróleo e gás natural no sistema de Oferta Permanente de Concessão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A iniciativa prevê investimentos mínimos de R$ 3,7 bilhões e R$ 489 milhões em bônus de assinatura, contemplando áreas em terra e no mar, com potencial para impulsionar o setor energético brasileiro.

O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Silveira, que destacou o impacto econômico e estratégico da medida. “Essa assinatura reafirma o nosso compromisso em impulsionar a produção de petróleo e gás natural de forma sustentável, garantindo a segurança jurídica e ambiental necessária para atrair investimentos e gerar emprego e renda para brasileiras e brasileiros”, afirmou.

As novas áreas estão distribuídas entre as bacias do Recôncavo, Tucano, Santos, Campos, Parnaíba e Tacutu, com investimentos tanto em regiões terrestres quanto marítimas. Nas bacias marítimas, foram analisados 265 blocos: 248 localizados na Bacia de Santos e 17 na Bacia de Campos, ambas no Sudeste, que concentram as principais áreas produtoras do país.

Já nas áreas terrestres, foram incluídos 133 blocos exploratórios e cinco campos de acumulações marginais:

  • Recôncavo e Tucano (Bahia): 96 blocos e 5 campos;
  • Bacia do Parnaíba (Maranhão e Piauí): 30 blocos;
  • Bacia do Tacutu (Roraima): 2 blocos.

A inclusão dos blocos da Bacia do Tacutu, localizada na fronteira entre Roraima e a Guiana, atende a uma antiga demanda do estado pela exploração energética. A área, que abrange aproximadamente 15 mil quilômetros quadrados, não recebia operações desde a década de 1980. O potencial da bacia representa uma nova fronteira exploratória, reforçando o compromisso do governo com a segurança energética e o desenvolvimento econômico regional.

A iniciativa faz parte do Programa Potencializa E&P, que visa aprimorar o sistema de oferta de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no país. O ministro reforçou ainda a importância da sustentabilidade ambiental no processo de exploração. “As novas áreas reforçam o papel estratégico do Brasil como uma potência energética global, além de garantir a autossuficiência brasileira em uma área de extrema importância para o desenvolvimento econômico”, declarou Silveira.

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