Paçoca de Carne de Sol é declara como Patrimônio Cultural Imaterial de Roraima

Proposta homenageia Maria Perpétua Mangabeira, conhecida como Tia Nêga, por meio da “Lei Tia Nêga”. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A tradicional Paçoca de Carne de Sol, um dos pratos mais tradicionais da culinária roraimense, foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Roraima. A aprovação do projeto de lei nº 76/2018 ocorreu nesta quarta-feira (18), por unanimidade, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). A proposta, de autoria do deputado estadual Soldado Sampaio (Republicanos), também presidente da Casa, homenageia Maria Perpétua Mangabeira, conhecida como Tia Nêga, por meio da “Lei Tia Nêga”.

Figura marcante na história da gastronomia local, Tia Nêga faleceu em 2018, aos 76 anos. Durante décadas, ela encantou gerações com sua paçoca de carne de sol preparada no bairro Pricumã, em Boa Vista. Viúva e mãe de 12 filhos, Tia Nêga se tornou referência na valorização da culinária regional e na preservação da cultura roraimense.

Boa Vista entrou no livro dos recordes com a maior paçoca do mundo. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Conforme o deputado Soldado Sampaio, o reconhecimento vai além da gastronomia, celebrando também a identidade cultural do estado. “A Paçoca de Carne de Sol, assim como a Farinha de Iracema e outras iguarias tradicionais, simbolizam a riqueza cultural de Roraima e merecem esse reconhecimento oficial do Legislativo”, declarou.

“A Paçoca de Carne de Sol, assim como a Farinha de Iracema e outras iguarias tradicionais, simbolizam a riqueza cultural de Roraima e merecem esse reconhecimento oficial do Legislativo”, afirmou. Com a sanção da nova lei, a iguaria passa a integrar o patrimônio cultural imaterial de Roraima, “como forma de engrandecer o legado de Tia Nêga e valorizar a história gastronômica de Roraima”.

“Essa conquista é fruto do nosso trabalho e do compromisso com as nossas raízes. O projeto de lei de minha autoria não só garante esse título, mas também imortaliza um dos sabores mais tradicionais da nossa terra. A lei, quando sancionada, levará o nome de ‘Tia Nega’, uma homenagem justa à criadora da paçoca mais famosa de Roraima. Um reconhecimento que simboliza o respeito à memória e à contribuição de quem ajudou a construir nossa cultura”, concluiu.

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