Três cidades do MA são alvo de ação da PF que desarticula esquema de crimes eleitorais para eleger prefeito


A operação Cangaço Eleitoral foi cumprida nas cidades de Nova Olinda do Maranhão, São Luís e Cantanhede, nesta quinta-feira (12). Além da compra de votos, o grupo criminoso teria ameaçado e intimidado eleitores com armas de fogo. Três cidades do MA são alvo de ação da PF que desarticula esquema de crimes eleitorais para eleger prefeito
Reprodução
A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (12), nas cidades de Nova Olinda do Maranhão, São Luís e Cantanhede, durante operação para desarticular um suposto esquema criminoso de corrupção e crimes eleitorais, incluindo compra de votos.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Maranhão no WhatsApp
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), após a investigação policial que, segundo a PF, apurou fortes indícios da prática de outros crimes, como intimidação de eleitores, além de extorsão qualificada, desvio de recursos públicos, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, a suspeita é de que o grupo criminoso atuava através de aliciamento de eleitores e posterior compra de votos, seguido de atos de ameaça e intimidação com cobrança de valores e apoio político em favor de candidato a prefeito indicado pelo esquema.
Investigações apontam diversos relatos de pessoas que teriam sido abordadas por integrantes do grupo para que aceitassem dinheiro ou materiais de construção em troca de apoio.
As pessoas que firmaram o acordo, mas mudaram de opinião política ou declaram que não iriam votar mais no candidato a prefeito indicado pelo grupo, relataram terem passado por ameaças e represálias, inclusive intimidações com armas de fogo.
Outras pessoas ouvidas pela PF também disseram terem sido vítimas de intimidação e ameaças realizadas por indivíduos armados associados ao grupo investigado. Segundo elas, as vítimas foram coagidas a remover materiais de propaganda política de candidatos adversários e a interromper atividades relacionadas à campanha eleitoral.
A polícia ainda investiga a possível utilização de recursos públicos federais para o esquema de compra de votos, mediante desvio de valores de entidade que presta serviço ao ente municipal.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.