Rússia diz que relações com os EUA ‘estão à beira da ruptura’

Maria Zakharova, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da RússiaDivulgação/Ministério das Relações Exteriores da Rússia

A Rússia emitiu nesta quarta-feira (11) uma recomendação de viagem alertando seus cidadãos sobre os riscos de viajar para os Estados Unidos, Canadá e países da União Europeia, devido ao crescente confronto nas relações entre Moscou e Washington, queestão “à beira da ruptura”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou que os russos correm o risco de serem “caçados” por autoridades norte-americanas, em meio a um contexto de tensões políticas intensificadas.

Ela enfatizou que as viagens aos Estados Unidos, em particular, representam “riscos sérios” para os cidadãos russos. A recomendação inclui também a abstenção de viagens ao Canadá e à União Europeia, com algumas exceções, especialmente durante as festas de fim de ano.

“No contexto do crescente confronto nas relações russo-americanas, que estão à beira da ruptura devido a falhas de Washington, viagens aos Estados Unidos da América em particular ou por necessidade oficial estão repletas de riscos sérios”, relatou.

Ela reforçou que a recomendação de evitar viagens aos Estados Unidos e seus aliados se baseia na grave situação atual das relações diplomáticas e no risco de escalada do conflito.

“Pedimos que você continue a se abster de viagens aos Estados Unidos da América e seus estados satélites aliados, incluindo, em primeiro lugar, o Canadá e, com algumas exceções, os países da União Europeia, durante as festas de fim de ano”, completou Zakharova.

Conflito entre EUA e Rússia

O conflito entre os dois países tem raízes profundas, com desentendimentos sobre a guerra na Ucrânia e o uso de mísseis norte-americanos e britânicos contra o território russo. Além disso, há preocupações sobre o possível uso de armas nucleares pelo Kremlin, o que tem contribuído para o aumento das tensões.

A situação diplomática entre a Rússia e os Estados Unidos atingiu o pior nível desde a Crise dos Mísseis Cubanos, em 1962, com acusações mútuas de detenção de cidadãos com base em acusações forjadas.

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