Vítimas de tiroteio no RJ estavam dispersas em um raio de 4 km

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BRUNA FANTTI
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

As vítimas do tiroteio nesta quinta-feira (24) entre Polícia Militar e suspeitos de integrar a facção TCP (Terceiro Comando Puro), no Complexo de Israel, no Rio de Janeiro, estavam dispersas em um raio de até 4 km entre si.

A Folha teve acesso aos registros de ocorrência que descrevem a dinâmica em que cada uma das seis pessoas baleadas foram feridas; três delas morreram.

Um dos baleados, identificado como Pedro Henrique Machado Moreno de Souza, 19, tinha mandado de prisão pendente. Ele passará por audiência de custódia, e sua defesa ficará a cargo da Defensoria Pública.

Segundo a polícia, ele teria atirado contra uma ambulância policial. Com ele foi apreendida uma granada.

Ele tem mandado de prisão por organização criminosa e está à disposição da Justiça.

MORTOS

Geneilson Eustáquio Ribeiro: O motorista de caminhão morreu após ser atingido por volta das 7h30 na rodovia Washington Luiz, altura do km 123, sentido Rio de Janeiro, próximo à via expressa Linha Vermelha, com um tiro na cabeça. Ele foi socorrido por agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e levado para um hospital, mas não sobreviveu.

Paulo Roberto de Souza, 60: Por volta das 8h, o motorista de aplicativo estava trabalhando dentro de seu carro quando foi baleado na cabeça, na altura do Parque Duque, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o local mais distante da Cidade Alta, foco da operação. O passageiro assumiu o volante e o socorreu até próximo a um hospital, onde a polícia foi acionada. Ele também não resistiu.

Renato Oliveira Alves Reis, 48: Por volta das 7h, o funcionário de um frigorífico estava dentro de um ônibus da empresa Tinguá, dormindo, quando foi baleado na cabeça. O ônibus estava na altura da Cidade Alta.

FERIDOS

Vítima não identificada: Um jovem de 27 anos, que não quis se identificar, também estava dentro do mesmo ônibus e foi ferido por estilhaços. Ele contou que os criminosos atiraram quando um blindado da PM passou ao lado do coletivo. Já recebeu alta hospitalar, mas ficou com estilhaços cravados no braço.

Alayde dos Santos Mendes, 24: Alayde afirmou que foi baleada às 9h50, por uma bala perdida na coxa, quando passava ao lado do cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, na zona norte. Ela já teve alta hospitalar.

Pedro Henrique Machado Moreno de Souza, 19: De acordo com o depoimento de dois policiais militares, eles estavam por volta das 7h30 dentro de uma ambulância policial do GESAR (Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate), quando, na rodovia Washington Luiz, na altura do Trevo das Missões, “foram alvo de disparos efetuados por criminosos localizados no alto de prédios na rua Águas de São Pedro, na Cidade Alta”. A ambulância não foi perfurada.

Ainda de acordo com os agentes, “os criminosos estavam a aproximadamente 100 metros de distância, realizando disparos de fuzis e jogando granadas nos transeuntes da rodovia Washington Luiz”. Pessoas deitadas no chão da rodovia apontaram onde os atiradores estavam, e um dos agentes afirma que fez três disparos na direção. Quando a troca de tiros cessou, Pedro foi encontrado ferido nas nádegas e estava com um rádio transmissor e uma granada, segundo a polícia.

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