Não há governador ou prefeito que se diga discriminado por não ser base de Lula, diz Haddad

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Brasília, 29 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comporta como nos mandatos anteriores e não faz distinção político partidária na hora de atender a prefeitos ou governadores quando as demandas visam atender ao cidadão e que não há discriminação por não ser da base governista.

“Uma coisa é o Tarciso (de Freitas, governador de São Paulo) ser de um partido e o Lula ser de outro. A outra coisa é o presidente da República não entender que precisa ter uma nova linha de metrô em São Paulo. Não entender que precisa ter investimento contra enchente na cidade”, disse Haddad, também mencionando demandas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “O presidente nunca me deu um telefonema que não fosse para agilizar o atendimento a estados e municípios”, declarou.

Haddad disse ter tranquilidade sobre o tratamento dado pelo Executivo aos governos regionais. “Nós somos uma República federativa e o governo central vai atender os entes federados. Você não vai encontrar um prefeito, um governador que possa dizer que está sendo discriminado por não compor a base de sustentação do governo do presidente Lula”, disse.

‘Pacto geracional’

Haddad reconheceu que o calendário eleitoral pesa na tomada de decisões do governo, mas disse que o seu papel enquanto estiver na função é fazer um pacto geracional para o crescimento do País, priorizando a responsabilidade fiscal. Ele diz que o governo Lula 3 já obteve muitos resultados significativos, mas que é preciso avançar mais.

“É óbvio que o calendário eleitoral importa, mas para quem está cuidando da economia do país, você está pensando em uma coisa estrutural. Você quer que um ciclo se abra de desenvolvimento no país, então evidentemente que o calendário eleitoral importa, mas o ministro da Fazenda, ele está pensando em fazer um pacto geracional”, disse.

Haddad reforçou fala que fez em almoço promovido pela Febraban e disse que a responsabilidade fiscal não é projeto de governo, e sim de Estado. “Todo mundo tem que ter compromisso com isso – a oposição, a situação, o Congresso Nacional, o Judiciário. Depois de dez anos de déficit público, alguém tem que tomar uma providência para transformar a questão das finanças públicas numa política de Estado”, completou.

O ministro diz que ao colocar as contas em ordem, o caminho do País está traçado. Ele defendeu a melhoria do ambiente de negócio e produtividade e o mergulho na economia verde como ferramentas para impulsionar a atividade econômica, além de citar o potencial do agronegócio brasileiro.

Ele concedeu entrevista à Rede Record nesta sexta-feira, 29. A íntegra será exibida na Record News e parte da gravação será veiculada no Jornal da Record.

Estadão Conteúdo

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