Entre cavalos, chifres e a PF: a saga de Bolsonaro

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Jair Bolsonaro, o ex-presidente que nunca foge de uma analogia peculiar, definiu as investigações da Polícia Federal como uma busca por “chifre em cabeça de cavalo”. Durante uma live enquanto cortava o cabelo em Alagoas, ele ironizou a acusação de tentativa de golpe: “Golpe com general da reserva e quatro oficiais? Cadê as tropas, cadê o exército?”.

A PF, porém, parece discordar. Eles conectaram Bolsonaro a uma trama digna de novela, onde não faltam árvores de escândalos: joias milionárias, vacinas clandestinas e a acusação de um golpe desajeitado. O inquérito, que já indiciou 37 suspeitos, traça um cenário de articulações que envolvem militares, assessores e empresários dispostos a qualquer custo para manter o ex-presidente no poder.

Bolsonaro, fiel ao seu estilo, rebate tudo como um exagero midiático. Segundo ele, o único golpe real que sofreu foi no barbeiro, onde perdeu (de brincadeira) alguns fios extras. Enquanto isso, os investigadores se ocupam em montar o quebra-cabeça com peças que incluem mensagens suspeitas, reuniões secretas e um planejamento mais desorganizado que churrasco em dia de chuva.

Seja uma tragicomédia ou drama político, o enredo ainda promete muitas reviravoltas. Afinal, nessa ópera política, cada personagem insiste que não é culpado, enquanto o público – ou seja, o país inteiro – só quer entender como essa história vai terminar.

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