Ex-CEO da Abercrombie é preso por tráfico sexual

O caso tem sua origem em uma investigação da BBC de 2023, “The Abercrombie Guys: The Dark Side of Cool”, na qual vários homens falaram sobre a assinatura de acordos de confidencialidade para eventos sexuais supostamente dirigidos por JeffriesJUSTIN SULLIVAN

JUSTIN SULLIVAN

O ex-CEO da marca de roupas “Abercrombie and Fitch” enfrentará acusações de agressão sexual e tráfico de modelos masculinos em eventos por todo o mundo, informou a imprensa americana nesta terça-feira (22).

Mike Jeffries, seu parceiro Matthew Smith e um suposto intermediário foram detidos pelas autoridades na manhã desta terça-feira, informou a CNN.

A Promotoria do Tribunal Federal do distrito leste do Brooklyn deverá oferecer detalhes do caso em uma entrevista coletiva às 16h GMT (13h00 no horário de Brasília).

Segundo a CNN, entre dezembro de 2008 e março de 2015, Jeffries e seus dois cúmplices participaram de uma quadrilha de tráfico sexual na qual recrutavam aspirantes a modelos masculinos, os atraíam para festas, forneciam-lhes drogas e os forçavam a fazer sexo.

“As prisões de hoje são monumentais para os aspirantes a modelos masculinos que foram vítimas destes indivíduos”, disse Brittany Henderson, advogada do escritório de advocacia Edwards Henderson, que representa as vítimas dos supostos crimes.

“A sua luta por justiça não termina aqui. Esperamos responsabilizar a Abercrombie and Fitch por facilitar esta conduta terrível, e garantir que isso não aconteça novamente”, acrescentou em nota enviada à AFP.

O caso tem sua origem em uma investigação da BBC de 2023, “The Abercrombie Guys: The Dark Side of Cool”, na qual vários homens falaram sobre a assinatura de acordos de confidencialidade para eventos sexuais supostamente dirigidos por Jeffries.

A Abercrombie and Fitch disser estar “horrorizada e enojada” com as denúncias sobre o comportamento de Jeffries e que tem “tolerância zero para abuso, assédio ou discriminação de qualquer tipo”.

Jeffries deixou a Abercrombie em 2014 depois de receber US$ 25 milhões (cerca de R$ 66 milhões na cotação da época) em indenização, de acordo com documentos corporativos.

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