Pico da dengue pode ser atingido no início de 2025 em SC

Santa Catarina já registrou um aumento significativo nos casos de dengue neste ano, com três vezes mais mortes em comparação a 2023. Até o dia 4 de novembro, o estado contabilizou 340 óbitos confirmados (dois ainda em investigação) e 350 mil casos de dengue. Em 2023, o número total de mortes foi de 98, com 119 mil infectados, conforme dados da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive), da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em comparação, os estados vizinhos, Paraná e Rio Grande do Sul, têm números bem inferiores, com 733 e 281 mortes, respectivamente.

Cenário preocupante e antecipação do pico da doença

Historicamente, Santa Catarina enfrentava epidemias de dengue a cada quatro ou cinco anos. No entanto, nos últimos tempos, a doença se tornou uma realidade constante, com o mosquito Aedes aegypti se estabelecendo tanto na área urbana quanto rural, devido às condições favoráveis de calor e chuva. Esse cenário tem gerado grande preocupação, especialmente porque o pico da dengue, normalmente registrado entre janeiro e fevereiro, pode ser antecipado para o fim de 2024.

Medidas de enfrentamento e estratégias para redução de casos

A Secretaria de Estado da Saúde já iniciou diversas ações para combater a proliferação do mosquito, incluindo a capacitação de profissionais, aplicação de inseticidas, abertura de leitos clínicos e campanhas de conscientização nas plataformas de comunicação. Além disso, o estado tem investido em parcerias com o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Defesa Civil para intensificar as medidas de prevenção.

Uma das principais estratégias adotadas é a vacinação contra a dengue. Inicialmente iniciada em Joinville e Jaraguá do Sul, a vacinação foi expandida para outras regiões, incluindo a Grande Florianópolis e cidades como Blumenau e Chapecó.

Método Wolbachia: inovação no combate ao mosquito

Uma novidade importante no combate à dengue é a implantação do Método Wolbachia, que foi recentemente adotado em Joinville. Esta técnica envolve a introdução da bactéria Wolbachia no mosquito Aedes aegypti, o que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela urbana no inseto. A Wolbachia já está presente em cerca de 60% dos mosquitos da natureza e é uma estratégia inovadora que visa reduzir a transmissão dessas doenças.

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