Concluída quarta e última edição do ano do Soldado Combat

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Fechando o ano com chave de ouro, a quarta edição do Soldado Combat foi realizada no  Clube da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade). Carol Foro e Vambert Robby foram alguns dos destaques entre as dez lutas principais do torneio, que também marcou a vitória do brasileiro Luciano Palhano contra o uruguaio Mateo Zumbi. A última edição de 2024 contou ainda com lutas amadoras, disputas infantis e a participação de projetos sociais. 

O trio de amigos composto pela estudante de pedagogia, Ana Clara Maciel, 20 anos, a advogada Tanara Rocha, 30 anos, e o funcionário público Pedro Zordane, 22 anos, foram assistir essa edição do evento. Os três estavam torcendo para alguns amigos que teriam disputas ao longo do dia. “O Dennis ganhou com uma vitória linda, o João estava um pouco nervoso e tomou um nocaute. Já nosso outro amigo, Josué, ganhou a disputa da categoria dele”, contou Tanara. A advogada sempre acompanhou eventos de MMA (Mixed Martial Arts). Atualmente, ela treina Muay Thai há um ano e quer adquirir mais confiança para competir algum dia.

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Tanara Rocha, Pedro Zordane e Ana Clara Maciel com o lutador Josué que ganhou a categoria amadora na noite do Soldado Combat. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Além de Tanara, Ana Clara e Pedro também praticam o esporte. Ana Clara nunca competiu, mas pensa em começar a disputar como amadora futuramente. Já Pedro tem uma competição agendada para o próximo dia 30. O lutador estava muito ansioso pelos amigos que estavam no ringue. “Prefiro estar lá lutando, do que ficar do lado de fora assistindo. O nervosismo é grande”. Mas ele acredita que o evento é muito importante e que apoiar os amigos é essencial. 

A administradora Juliana Rodrigues, 36 anos, estava prestigiando o atleta profissional e professor de seus filhos, Luciano Palhano. “O Luciano é a inspiração dos meus pequenos, que estão assistindo a transmissão em casa”. Para Juliana, o Soldado Combat é um evento bem tranquilo e bastante organizado. “É bem família, se as crianças estivessem vindo comigo assistir às lutas, eu estaria me sentindo totalmente segura com o espaço”. 

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Juliana Rodrigues assistindo as lutas do evento. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Portas abertas 

Rafael Soldado, idealizador do evento e campeão do Standout Fighting Tournament (SFT), está muito orgulhoso do trabalho realizado nesta que foi considerada a edição de ouro do Soldado Combat. “Muito feliz pelo que conquistamos no DF, que através do evento tem dado oportunidade e visibilidade para os atletas menos assistidos. Além de abrir portas para os talentos emergentes da nova geração. Rafael promete entregar muito mais lutas de qualidade em 2025, nas próximas edições. “Já estamos planejando como serão os próximos eventos. Ano que vem vai ter muita novidade boa, nós vamos preparar um show de artes marciais muito bom para Brasília”. O atleta acredita que em breve o Soldado Combat vai tomar uma proporção maior do que já recebeu até a quarta edição. 

Os vencedores da edição

A atleta mirim Maria Eduarda Lima Peixoto, tem 9 anos e luta desde os seis anos de idade. “Eu passo a maior parte do meu dia treinando”. Maria ganhou a disputa contra Ana Beatriz, de 9 anos.  “O campeonato é bem organizado e muito legal. Essa foi a minha primeira luta em octógono e eu quero participar mais vezes”. A menina começou a praticar jiu jitsu motivada pelo pai, convicto de que Maria precisava aprender a se defender. “Eu comecei a gostar e não quero parar mais. Agora eu vou participar do mundial em São Paulo”. 

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A lutadora mirim Maria Eduarda Lima Peixoto, vencedora de uma das disputas de criança no Soldado Combat. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Já nas lutas profissionais dessa edição do evento, um dos combates mais aguardados era a disputa entre a brasiliense Carol Foro e a Dayane Mestrinha, na categoria de 61kg. Carol foi a campeã do peso galo, por ter nocauteado a adversária que não teve chances de reagir. A vencedora se considera muito grata a todos que estiveram com ela no processo que não foi fácil. “O sonho custa caro. Mas eu trabalhei duro para estar aqui”. 

Outro grande momento da edição gold, foi a revanche de Vambert Robby contra Roberto Pajé. Depois de nocautear Pajé, o atleta Vambert foi o campeão da categoria meio-médio do Soldado Combat. Para Vambert, o cinturão pertencia a ele. “Mas eu não ia conseguir sem o incentivo dos meus professores e treinadores. Sem eles, eu não seria ninguem”, agradeceu. 

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Foto: Divulgação/Aline Pereira

A chave de lutas principais contou ainda, com uma disputa internacional entre o brasileiro  Luciano Palhano e o uruguaio Mateo Zumbi. Luciano levou a melhor na luta e dominou três rounds, garantindo a vitória, que para o vencedor foi algo sobrenatural. “Essa vitória é consagrada totalmente a Deus”. 

Transformação social através do MMA

A última edição de 2024 teve na programação, outras 20 lutas de crianças que fazem parte de vários projetos sociais do DF, como o Projeto CT 26, Projeto BSB e o Favela de Ouro. Claudinei do Nascimento, proprietário de uma academia de artes marciais que está há cinco anos em Brasília, a Martial 81 Fight Center, está à frente do projeto Curumins, uma iniciativa que conta com aulas de artes marciais a partir da realidade das 40 crianças indígenas assistidas, além de também incluir alunos da periferia do DF.  “Nós resolvemos apostar no evento do Soldado Combat, pela oportunidade para a juventude da periferia poder competir”.

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Foto: Divulgação/Aline Pereira

Para Claudinei, a arte marcial tem um papel de transformação social. “No DF tem muito projeto de jiu-jitsu, de boxe, de muay thai e outras categorias das artes marciais, que não só tira os meninos da rua, mas também pode entregar para eles a noção de disciplina, a lógica do respeito, da organização e a competitividade de ser atleta”. 

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