Adeus às gotinhas, olá à picadinha: A nova era da vacina contra a pólio

gotinha

Imagine uma criança ansiosa olhando para a famosa gotinha, com um rosto desanimado. A criança, de olhos arregalados, diz: “Eu preferia a gotinha…”. E a gota, em tom de sabedoria resignada, responde: “O importante é se vacinar, carinha!”.

Pois é, caro leitor, parece que a gota da vacina contra a pólio está dando adeus definitivo! A partir de 4 de novembro de 2024, as famosas gotinhas vão sair de cena, e a vacinação contra a poliomielite será inteiramente injetável. Isso mesmo, agora as crianças terão que enfrentar uma picadinha.

O Que Mudou?

O Ministério da Saúde, seguindo orientações de dados científicos e recomendações internacionais, decidiu que as gotinhas bivalentes (VOPb), que antes faziam parte do esquema vacinal contra a poliomielite, serão substituídas pela Vacina Inativada Poliovirus (VIP), ou seja, a vacina injetável.

O novo esquema de vacinação para as crianças será o seguinte:

  • 1ª dose: aos 2 meses
  • 2ª dose: aos 4 meses
  • 3ª dose: aos 6 meses
  • Dose de reforço: aos 15 meses

Se antes as mães e pais podiam esperar apenas duas gotinhas, agora as doses injetáveis vêm em quatro fases. Então, a gotinha, como no nosso diálogo imaginário, vai ficar apenas na memória.

Por Que Mudar?

A mudança vem como resposta a critérios epidemiológicos e à necessidade de evitar que o vírus da poliomielite possa ser transmitido de forma residual, algo que poderia acontecer com a vacina oral. A VIP, por ser injetável, é considerada mais segura e eficaz no controle da transmissão da pólio.

E o Distrito Federal?

No DF, essa transformação já está sendo implantada. Desde 28 de setembro, a Secretaria de Saúde parou de aplicar a dose de reforço da VOPb. Assim, todas as crianças que estão entre 15 meses e 4 anos e 11 meses deverão comparecer às UBSs a partir de 4 de novembro para ajustar o calendário vacinal e tomar as doses adequadas.

E Agora?

Se você, assim como o personagem da nossa história, ainda prefere as gotinhas, é hora de se acostumar com a ideia de que as injeções vieram para ficar. O mais importante, afinal, é garantir a saúde das crianças e proteger a todos da poliomielite.

Então, segurem as lágrimas (de alegria, claro), porque a vacinação continua sendo o verdadeiro herói desta história!

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