CEO do Carrefour diz que empresa vai parar comprar carne do Mercosul em carta endereçada a sindicado agrícola francês


Presidente da gigante do varejo fez declaração em uma postagem nas suas redes sociais. O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicou nesta quarta-feira (20), em suas redes sociais, um comunicado no qual diz que a gigante do varejo “assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul”, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A carta é endereçada a Arnaud Rousseau, presidente do sindicato agrícola FNSEA, e foi publicada nas contas de Bompard no Instagram, X e Linkedin.
O g1 procurou o Carrefour Brasil e busca contato com o Carrefour na França.
(Essa matéria está em atualização).
Comunicado na íntegra
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicou nesta quarta-feira (20), em suas redes sociais, um comunicado no qual diz que a gigante do varejo “assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul”,
Reprodução
“Em toda a França, ouvimos o desespero e a indignação dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul e o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas.
Em resposta a essa preocupação, o Carrefour quer agir em conjunto com o setor agrícola e assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul.
Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa.
Faço um apelo especial aos atores da restauração fora de casa, que representam mais de 30% do consumo de carne na França – mas onde 60% é importada – para que se unam a esse compromisso.
Somente unidos poderemos garantir aos pecuaristas franceses que não haverá nenhuma possibilidade de contornar essa questão.
No Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer.”
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