BC não tem meta de câmbio ou inflação importada e quer levar inflação à meta, diz diretor

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta quinta-feira, 24, que o BC não tem uma meta de taxa de câmbio que consiga reduzir a inflação importada via depreciação do real. Ele participou de um evento organizado pelo banco Citi, em Washington DC.

“Isso tem um impacto por meio de vários canais, então é um dos canais que vamos incorporar, além de expectativas de inflação, hiato do produto, crédito”, ele disse. “Nós vamos incorporar todos esses canais para trazer a inflação à meta.”

Expectativas

O diretor de Política Econômica do Banco Central defendeu que não é possível comparar o nível das expectativas de inflação historicamente para concluir que elas caíram ao longo do tempo. As projeções do mercado, ele disse, devem sempre ser comparadas com a meta, de forma a medir a sua ancoragem.

“Comparar isso historicamente, quando houve uma mudança na meta, dá uma falsa evidência de que as expectativas de inflação estão baixas”, afirmou Guillen. “Para mim, está claro que a ancoragem é em relação à meta.”

Respondendo a perguntas depois de uma apresentação, Guillen disse que a calibração da política monetária sempre envolve um trade-off entre fazer muito pouco ou fazer demais. Para evitar cair em qualquer um dos extremos, o BC olha diversas dimensões da economia, ele explicou.

Hiato do produto

O diretor de Política Econômica do Banco Central afirmou que a trajetória de hiato do produto imaginada pela autoridade monetária leva a um hiato neutro em “algum momento de 2025”.

Ele explicou que esse resultado depende tanto da taxa Selic ex-ante, quanto da ex-post.

Com informações da Agência Brasília

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