Greve do INSS chega a mais de 100 dias sem acordo e atendimentos são feitos com agendamento em Rio Branco


Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na capital segue em greve pela reestruturação de carreira, melhores condições de trabalho, investimento em tecnologia, dentre outras reivindicações, desde o dia 16 de julho. Gestores de todo o país estiveram em Brasília no dia 10/10, para manifestar contra greve
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já chega a 101 dias na última quarta-feira (23). As principais reivindicações são pela reestruturação de carreira, melhores condições de trabalho e investimento em tecnologia. No entanto, desde o dia 16 de julho, que foi quando a paralisação começou, ainda não houve acordo com o Governo Federal.
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Etenne Hugo, analista do seguro social, afirmou que a greve continua pois o Governo, através do Ministério da Gestão e Inovação e o próprio INSS, não conseguiram entrar em um acordo. Os trabalhadores do interior do estado não entraram no movimento, somente na capital.
Segundo a assessoria da Agência de Previdência Social (APS) de Rio Branco, há atendimento normal mediante agendamento quando envolve casos de perícia e avaliação social. Permanecem funcionando as perícias médicas e os demais serviços são encaminhados para o atendimento remoto, pelo aplicativo ‘Meu INSS’ ou o telefone 135.
Hugo fala que gestores de todo o país estiveram em Brasília (DF) no dia 10 de outubro, onde foram feitos vários atos e manifestações e até um enterro na Direção Central do INSS, no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda. (Veja vídeo acima mostrando as manifestações)
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Arquivo/Sindsep/AC
De acordo com o analista, ainda não há expectativa para novas negociações.
“Na verdade, não houve nenhuma sinalização por parte do Governo pra voltar às negociações. Estamos conversando com os parlamentares para que seja reaberta a mesa de negociação, mas o Governo está intransigente com as nossas pautas”, lamenta ele.
Dentre as exigências da categoria estão:
Nível superior para ingresso no cargo de Técnico do Seguro Social
Reestruturação de carreira
Melhores condições de trabalho
Investimento em tecnologia
Tabela remuneratória de acordo a NT13 (com adicional de qualificação)
Abertura das mesas setoriais com prazo improrrogável (defesa do teletrabalho, novas regras para o bônus e pontuação).
Em 21 de agosto, os servidores do INSS votaram pela rejeição de duas propostas apresentadas pelo governo federal e pela continuidade da greve da categoria. Em nota, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) afirmou que as propostas do Ministério da Gestão e Inovação não atendem a nenhum item da pauta sobre a reestruturação de carreira reivindicada pela categoria.
As propostas apresentadas pelo governo federal em 9 de agosto eram de reajuste salarial e incorporação de gratificações laborais. A federação aponta, no entanto, que o reajuste oferecido é menor do que o acordado na greve de 2022 (de 43% em dois anos) e que não chegaria a todos os servidores.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), divulgou uma carta onde reforça a luta e a dificuldade em negociar as pautas. (Confira a carta completa abaixo)
Fenasps divulga carta aberta pelos 100 dias de greve do INSS
Divulgação
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VÍDEOS: g1
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