Celina afirma que corpo encontrado na Praça dos Três Poderes ainda não foi periciado

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Nesta quarta-feira (13), duas explosões foram ouvidas na Esplanada dos Ministérios, próximo ao Supremo tribunal Federal (STF) e a Câmera dos Deputados. Além disso, um corpo foi encontrado na Praça dos Três Poderes. O caso, tratado como suicídio pelas autoridades policiais, foi tema de uma coletiva de imprensa concedida pela governadora em exercício Celina Leão (PP).

A principal linha de investigação sugere que se trata do ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), na cidade de Rio do Sul (Santa Catarina), Francisco Wanderley Luiz, ou Tiü França, como se apresentava nas redes sociais. Isso porque o nome do homem está ligado ao carro responsável pela primeira explosão no local, próximo ao Anexo IV da Câmara. Em seguida, ele teria se dirigido ao STF com mais artefatos explosivos e, após não conseguir entrar, os disparou na Praça. Celina afirma que a identidade ainda não foi confirmada, pois o corpo não foi acessado, já que continua envolvido em explosivos.

“O primeiro ato que aconteceu foi a explosão do carro, depois o cidadão que ainda não teve a identidade confirmada, pois ainda não periciaram o corpo, que continua com artefatos. Logo após, o cidadão se aproximou do Supremo, tentou entrar no prédio e não conseguiu, momento em que a bomba explodiu na porta do local”, afirmou a mandatária.

Segundo ela, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) agiu de imediato, e o governo do DF está em contato com os chefes dos Poderes e de Segurança do país. “A PMDF agiu no momento do ocorrido. Temos um grupo de ação de trabalho montado. Falei com o presidente do Supremo [ministro Luis Roberto Barroso] e com o ministro da Justiça [Ricardo Lewandowski]”.

Celina foi contundente ao defender que o Distrito Federal ‘tem governo’ e que seguirão atuando no local, considerando, inclusive, um dia livre de expediente nesta quinta-feira (14), no local, devido às varreduras realizadas ali.

“Quero falar que o governo do Distrito Federal tem um comando e estamos cuidando da situação com toda nossa força pública. Falei com os presidentes da Câmara e do Senado sobre a importância de amanhã talvez não ter expediente, até a polícia ter segurança de liberar a área.”

A Polícia Federal (PF) também abriu um inquérito paralelo ao da Polícia Civil do DF (PCDF), segundo a vice-governadora. “Importante colocar que a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito paralelo ao nosso e estamos ajudando com todas as informações que nós temos. Todas as informações estão sendo niveladas com os poderes”.

As vias N2 e S2 da Esplanada dos Ministérios foram fechadas até segunda ordem e as votações na Câmara dos Deputados foram interrompidas, bem como a Praça dos Três Poderes e o STF. As explosões foram ouvidas por volta de 19h30 e o STF evacuado às 20h.

“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, diz nota do Supremo.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o Corpo de Bombeiros Militar do DF, agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o COT (Comando de Operações Táticas, o grupo Antibombas da Polícia Federal e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) estão no local apurando mais informações do ocorrido e fazendo uma varredura na possibilidade de encontrar mais bombas.

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