O Pix automático começa a funcionar oficialmente nesta segunda-feira (16), com a proposta de substituir o débito automático tradicional e os boletos bancários. A ferramenta, desenvolvida como uma extensão do Pix, permite ao cliente autorizar de forma única pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, como microempreendedores individuais (MEIs). Uma vez autorizados, os débitos passam a ocorrer automaticamente na conta do pagador, facilitando o controle de contas recorrentes.
Embora o Banco do Brasil já ofereça o Pix automático desde o final de maio, a maioria das instituições financeiras inicia a operação do serviço apenas agora. Segundo o Banco Central, a nova modalidade pode beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não utilizam cartão de crédito, promovendo mais acessibilidade financeira. Para as empresas, especialmente as de pequeno porte, a ferramenta representa uma simplificação no processo de cobrança recorrente.
Antes, o débito automático exigia convênios com cada banco, o que limitava sua aplicação a grandes corporações. Com o Pix automático, bastará à empresa ou ao MEI solicitar a adesão no banco onde possui conta. O novo sistema é destinado exclusivamente para pessoas físicas como pagadoras e empresas como cobradoras. Já o pagamento recorrente entre pessoas físicas — como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos — continuará sendo feito pelo Pix agendado recorrente.
Apesar das vantagens, o Pix automático exige atenção quanto à segurança. Existe o risco de golpes, com falsas empresas enviando propostas de cobrança para desviar valores. Para reduzir esse perigo, o Banco Central estabeleceu regras rigorosas, exigindo que os bancos verifiquem dados cadastrais, compatibilidade entre o serviço prestado e a atividade econômica, e o histórico da empresa. Além disso, apenas empresas com mais de seis meses de atividade poderão utilizar a nova modalidade.
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