Foto: Divulgação/MTIC/Arquivo
O Brasil é o sexto país com o maior volume de ameaças de malware no mundo, segundo o relatório “Trend Micro Cyber Risk Report 2025″. Um malware é qualquer software projetado com a intenção de causar danos, roubar informações ou obter acesso não autorizado a sistemas digitais. Durante 2024, foram detectadas mais de 168 milhões de ameaças no país.
O Brasil ficou atrás de Japão, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Taiwan. Segundo Flávio Silva, diretor técnico da Trend Micro Brasil, plataforma de cibersegurança, o relatório mostra a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas.
Ele diz que a posição de destaque do Brasil no ranking global não é uma surpresa. “Historicamente, o Brasil tem sido um dos países mais visados por cibercriminosos, devido à sua grande população conectada e à rápida digitalização de serviços financeiros e governamentais”, explica.
Para o especialista, “a combinação de uma vasta superfície de ataque com lacunas na maturidade de segurança cibernética contribui para essa posição de destaque no ranking de países mais atacados”.
“O Brasil é um país que tende a adotar tecnologias emergentes de forma rápida, aumentando a superfície de ataques. Diante disso, o país tem sido alvo de ataques cibernéticos sofisticados que visam setores críticos, como transporte e manufatura“, completa Silva.
O estudo também identificou mudanças no perfil das ameaças. Conforme as informações, os ataques com ransomware aumentaram, e as “campanhas” de phishing tornaram-se mais sofisticadas.
Ransomware
Nesse tipo de ataque, os invasores sequestram dados corporativos por meio de criptografia e exigem o pagamento de resgates para restabelecer o acesso às informações.
Phishing
Consiste no envio de mensagens falsas, muitas vezes disfarçadas como comunicações legítimas, visando enganar usuários e obter credenciais, instalar malware ou acessar dados sensíveis.
Soluções
Quando o objetivo é mitigar riscos digitais, Flávio Silva alerta que a visibilidade dos ativos digitais também é essencial. “A visibilidade completa dos ativos digitais permite identificar pontos vulneráveis e priorizar ações de mitigação”, explica.
Segundo Flávio Silva, apesar dos desafios, há avanços. “Observamos uma evolução positiva, com mais empresas reconhecendo a importância da cibersegurança como parte estratégica do negócio. No entanto, ainda há um caminho a se percorrer, especialmente na adoção de práticas proativas e na integração de segurança desde o início dos projetos.”
R7
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