O mercado clandestino de apostas esportivas e cassinos on-line no Brasil já movimenta entre R$ 26 bilhões e R$ 40 bilhões ao ano, valor que pode superar o setor regulamentado, cuja receita gira em torno de R$ 38 bilhões. É o que aponta um estudo divulgado ontem (13) pelo Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), em parceria com o Instituto Locomotiva.
Com base em entrevistas com 2 mil apostadores brasileiros, a pesquisa revela que o país pode estar deixando de arrecadar até R$ 10,8 bilhões em impostos por conta da atuação de plataformas que não seguem os critérios definidos pelo Ministério da Fazenda.
A maioria dos apostadores dessas chamadas “bets piratas” é formada por jovens entre 18 e 29 anos (69%), com renda familiar de até dois salários mínimos (63%). Além da evasão fiscal, o crescimento desse mercado ilegal representa um risco à integridade esportiva, ao facilitar casos de manipulação de resultados.
Um dos episódios mais emblemáticos ocorreu em 2023, quando a movimentação atípica de apostas em torno de um cartão amarelo recebido por Bruno Henrique, atacante do Flamengo, levou à abertura de investigação. O alerta veio de uma casa de apostas, e, em abril de 2025, o jogador foi indiciado pela Polícia Federal. A apuração encontrou indícios de que o cartão teria sido proposital, com base em mensagens trocadas entre Bruno, seu irmão e outros envolvidos.
Segundo o IBJR, o cenário reforça a urgência de ampliar a fiscalização e regulamentação das plataformas de apostas, evitando prejuízos aos cofres públicos e ao esporte brasileiro.
The post Apostas ilegais já superam R$ 40 bi por ano no Brasil appeared first on SCTODODIA.