Cerca de 950 denúncias foram relatadas à Folha em 2024

(Foto: montagem/ilustração)

Em 2024, a Folha noticiou 949 denúncias da população roraimense. O levantamento foi realizado pelo sistema do jornal com matérias que mencionaram a palavra “denúncia” nos últimos dez meses.

O número é reflexo de uma população que nunca se deixou calar pelas irregularidades em diversos setores, como saúde, segurança pública e meio ambiente. Confira as denúncias que marcaram Roraima e Boa Vista, e resultaram em ações imediatas após virar manchete.

O caso mais recente denunciado foi a falta de água em vários bairros da capital. Nesta terça-feira (22), moradores de, ao menos, quatro bairros reclamaram de desabastecimento e muitos outros afirmaram, nas redes sociais do jornal, passar pela mesma situação.

Após a denúncia, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) informou que o problema foi causado por uma falha mecânica em uma bomba do sistema de captação e iniciou a substituição emergencial do equipamento, prometendo a retomada do abastecimento até o fim do dia. Apesar disso, nessa quinta-feira (23), o Ministério Público de Contas de Roraima (MPC/RR) instaurou Procedimento de Investigação Preliminar (PIP) para apurar a falta de distribuição de água em Boa Vista.

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Outra denúncia que tomou grandes proporções, foi o relato de duas policiais penais, publicado em 15 de março, sobre o assédio moral que estariam sofrendo pelo diretor do Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Na mesma ocasião, familiares relataram casos de omissão de socorro e tortura de presos na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc).

Após as denúncias, a Justiça afastou por 120 dias o diretor do CPP e a diretora da Pamc. Os policiais penais apontados como envolvidos no caso de negligência também foram afastados. Além disso, policiais penais realizaram protestos na Assembleia Legislativa, exigindo melhorias nas condições de trabalho e a proteção de seus direitos​.

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Uma semana depois, em 26 de março, a dona de um sítio denunciou o descarte irregular de lixo hospitalar da Maternidade no terreno, localizado no Anel Viário. Após o relato, a Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Boa Vista notificaram o Governo de Roraima pelo descarte, com multa de diária de R$ 5 mil para Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a empresa envolvida.

Na ocasião, Sesau informou que a responsabilidade pelo descarte dos resíduos era da empresa contratada. Uma semana depois, a empresa retirou o lixo da propriedade.

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em 20 de agosto, a reportagem da Folha recebeu uma denúncia sobre uma contratação irregular da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) para a venda de créditos de carbono no Baixo Rio Branco. A Fundação assinou dois contratos com uma empresa de serviços ambientais que somavam mais de R$ 3 bilhões.

A denúncia levou à exoneração do presidente da Femarh, Glicério Fernandes, após o presidente da ALE-RR, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), afirmar que acionaria a Justiça. Posteriormente, o novo presidente da Femarh, Wagner Severo, decidiu anular o contrato, confirmado a falta de medidas normativas e processuais necessárias para a contratação.

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Em meio à comemoração de 41 anos, a Folha reforça seu papel de veículo de comunicação que dá espaço e voz aos relatos e aos fatos, promovendo um espaço para a transparência e o diálogo. Em caso de denúncia, a população pode entrar em contato pelos seguintes canais: WhatsApp (95) 9971-5300, e-mail [email protected] ou via mensagem direta pelo Instagram @folhabv.

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