Imagine uma cena: em pleno campo de futebol, um juiz, de expressão severa e apito na boca, levanta um cartão vermelho em direção a um jogador peculiar. Só que esse jogador não é um atleta comum, mas sim uma “BET”: “Sabia! Devia ter apostado!”, enquanto o julgado a expulsar do gramado com um sonoro “Priiii!”.
Agora, você pode estar se perguntando: o que essa cena absurda tem a ver com a realidade? Pois bem, o Brasil está vivendo um verdadeiro campeonato de escândalos com a instalação da CPI das Apostas Esportivas no Senado. Se você pensou que a corrupção no futebol brasileiro se limitava à falta de VAR funcionando direito, se enganou bonito. Descobriram que até as apostas estão jogando sujo — ou seria um “auto-golpe”?
Durante as investigações, um empresário veio a público admitindo que estava tão imerso no esquema que rebaixou nada menos que 42 clubes! Ele revelou como jogadores eram “motivados” a errar passes, fazer pênaltis ridículos e até garantir derrotas certas, tudo para ajudar os apostadores a encherem os bolsos. Imagina o dilema: “Ah, o técnico disse pra eu dar meu melhor, mas o apostador pediu pra eu errar de propósito. Vou jogar na sorte… ou melhor, na aposta!”.
O pior? Até os árbitros não saíram ilesos dessa partida. Com um salário modesto de R$ 7 mil por jogo, alguns não resistiram quando ofereceram R$ 50 mil para “errar” um pouquinho, seja ignorando um pênalti claro ou validando um gol em impedimento mais escandaloso que o preço do feijão.
E aí, enquanto a CPI tenta colocar ordem nesse verdadeiro “campeonato de falcatruas”, os torcedores se perguntam: será que, no próximo clássico, vão precisar revisar até os resultados das loterias? Afinal, parece que no país do futebol, a regra é clara: o jogo pode até ser bonito, mas se tem dinheiro na jogada, quem acaba vencendo é sempre o “time das apostas”.
Portanto, que venham os cartões vermelhos! Afinal, se até a palavra “BET” está levando bronca no campo, quem somos nós para não levar esse jogo mais a sério?
