Crime da 113 Sul: STJ adia julgamento de Adriana Villela para agosto

mcmgo abr 23091923394

Previsto para ser retomado nesta terça-feira (10/06), o julgamento da arquiteta Adriana Villela, foi adiado para o dia 05 de agosto pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A arquiteta foi condenada em júri popular a 61 anos de prisão por ser apontada como mandante do assassinato dos pais e da empregada da família, ocorrido em 2009.

O adiamento da análise do recurso especial e do pedido do Ministério Público de prisão imediata, foi adiado à pedido da defesa de Adriana. De acordo com o STJ, o julgamento seguirá na primeira sessão colegiada da turma após as férias forenses de julho, com a apresentação do voto-vista do ministro Sebastião Reis Júnior.

Em 11 de março deste ano, o relator, ministro Rogerio Schietti Cruz, votou pela rejeição do pedido da defesa para anular o júri e pela imediata execução da pena. Porém o ministro Sebastião Reis Junior, presidente da Sexta Turma, entrou com pedido de vista. O prazo de 60 dias para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomar o julgamento do caso que ficou conhecido como “Crime da 113 Sul”, venceu em maio deste ano. O regimento interno do STJ prevê que o pedido de vista pode ser prorrogado por mais 30 dias, caso necessário.

Segundo o ministro Rogerio Schietti Cruz, a maioria dos juízes populares considerou que as provas da acusação indicavam a autoria dos crimes indicados. O relator disse ainda que, mesmo que “haja divergência entre as provas, deve prevalecer a decisão do júri”. “Não vejo qualquer possibilidade de rever qualquer posição dos jurados.”

Em 2019, dez anos após o crime, Adriana Villela foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a 32 anos de reclusão pelo homicídio do pai, José Guilherme Villela; a mais 32 anos pela morte da mãe, Maria Villela; e a 23 anos pelo assassinato da empregada da família, Francisca Nascimento Silva. Assassinados com mais de 70 facadas no apartamento da família, localizado no sexto andar de um prédio na 113 Sul, em agosto de 2009.

Adriana foi condenada ainda, a 3 anos e 6 meses pelo furto de joias e dinheiro. Porém, as penas não são somadas e o juiz é quem decide o tempo total. Em primeira instância, a Adriana foi condenada a 67 anos e 6 meses de prisão. A defesa dela recorreu e, três anos depois, o TJDFT diminuiu a pena para 61 anos e 3 meses.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.