Pequenos Gênios: mineiro Luan Carvalho, um dos vencedores do quadro, sonha em participar das Olimpíadas de Matemática e se tornar médico


Aluno da Escola Estadual Cônego Joaquim Monteiro, em Matias Barbosa, conversou com o g1 sobre a recepção das pessoas da cidade e os sonhos para o futuro após a final da competição, que foi exibida no último domingo (20) no Domingão com Huck. Luan Carvalho em comemoração com família em Matias Barbosa
Arquivo Pessoal
“Foi emocionante, maravilhoso, incrível, único”. Com essas palavras, o mineiro Luan Carvalho de Souza, de 13 anos, tenta descrever a alegria de ter sido um dos vencedores do quadro ‘Pequenos Gênios’, do Domingão com Huck, no último fim de semana.
🏆 O aluno da Escola Estadual Cônego Joaquim Monteiro, de Matias Barbosa, conversou com o g1 sobre a competição, a recepção das pessoas da cidade e os sonhos para o futuro.
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“Se você me olhar no vídeo, dá para ver que eu tentava entender o que estava acontecendo, processando tudo aquilo. Eu chorei e fiquei muito emocionado”, disse.
Segredo do resultado e preparação para a final
Luan Carvalho com a equipe na final do quadro no último domingo (20)
CJ Toskano/Produção Globo
O adolescente explicou que gravou o resultado final no dia 31 de agosto e precisou ficar todo esse tempo guardando a notícia de que havia sido um dos campeões por quase um mês, já que o quadro só foi ao ar no domingo (20).
“Todo mundo me perguntava sobre o resultado, como foi e tudo mais. Eu acabei dizendo que ainda não tinha sido gravado para tentar diminuir a curiosidade do pessoal”.
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Pequenos Gênios: Mineiro Luan Carvalho ganha carreata após ser um dos vencedores do quadro
Apesar da facilidade com o aprendizado e do domínio com os números vir naturalmente para Luan, ele se preparou para a competição e, principalmente, para o último desafio.
“Minha irmã, que faz engenharia, me ajudou. Ela pegava palavras no Google para eu fixar e eu também treinava contas”, disse.
Luan Carvalho integrou a equipe GeniAll’s
Instagram/Reprodução
Planos
Agora, após o concurso, o adolescente já planeja os próximos passos. Apesar da pouca idade, neste ano, ele fará o primeiro Enem como treineiro.
“Quero focar nas Olimpíadas de Matemática e Astronomia. Também quero aprender inglês”, complementou.
Com o sonho de ser médico, Luan contou que a maioria dos aprendizados vem de vídeos que encontra na internet. “Se eu assisto, já consigo assimilar o resultado”.
Festa com o resultado
Luan Carvalho, de Matias Barbosa, ganha carreata pelas ruas da cidade após ser um dos vencedores do Pequenos Gênios
Pelas redes sociais, o matiense postou várias comemorações de familiares e amigos, entre elas uma carreata pelas ruas da cidade, de aproximadamente 15 mil habitantes, na Zona da Mata mineira. (Veja o vídeo acima).
Nos dias que antecederam a final, o estudante já havia sido surpreendido por um banner colocado em uma das praças da cidade, em homenagem a ele.
Luan ganhou uma placa em Matias Barbosa, cidade onde mora e estuda
Redes Sociais/Reprodução
‘Triturador de números’
A finalíssima foi disputada e terminou empatada entre as equipes ‘Geniall’s’ (de Luan e os parceiros Kaique e Liz) e ‘Era dos Gênios’ (com Sophia, Pedro e Felipe), que receberam 106 pontos cada.
No ‘triturador de números’, prova de matemática, Luan representou sozinho o trio ‘Geniall’s’, concluindo a equação 96 – 5² + √169 ÷ 16 + 123 ÷ 12 + 14² – 8² + 106 – 135 + 246 ÷ 361 × 2² + 18² ÷ √400 + 205 × 5 – 15² ÷ 45 × √121 + 69 ÷ 17 + 239 ÷ 16² + √289 × 18 – 8² ÷ 260 × 19² – 81 – 155, em apenas 90 segundos.
Nas quatro fases até a final, os participantes tiveram que responder a perguntas de lógica, raciocínio, memorização e soletração de trás para frente—nesta, Luan se destacou ao soletrar 29 palavras corretas em apenas 1 minuto e meio.
Gosto por cemitério revelou as altas habilidades
Um dos hábitos de Luan que chamou atenção da família e que começou a dar indícios sobre as altas habilidades do garoto é que ele gostava de ir ao cemitério calcular a idade dos enterrados a partir das datas exibidas nos túmulos.
“Um dos hábitos que mais chamava a atenção é que ele gostava de ir ao cemitério e conseguia fazer a conta rápida para saber com que idade a pessoa morreu”, disse Giovanna, irmã do menino.
Em casa, nas atividades do dia a dia, o pequeno gênio também demonstrava o talento para os números.
“Aos 6 anos, ele aprendeu a ver as horas em um relógio de ponteiro. Aí veio a pandemia, e a gente observou mais. Ele somava rapidamente os valores dos boletos e dava respostas muito automáticas, fazia cálculos da idade pelo ano de nascimento dos familiares e criava provinhas para a gente fazer dentro de casa”, concluiu Giovanna.
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