Em um mês, Rio Piracicaba fica um metro mais baixo e atinge menor nível do ano


Sem registro de chuva há 15 dias, nível do manancial chegou a 1,13 milímetros. Rio Piracicaba atinge menor nível do ano
Claudia Assencio/g1
Em meio ao período de estiagem, o nível do Rio Piracicaba, na altura de Piracicaba (SP), caiu 1,15 metro em um mês.
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Em 26 de abril, o nível era de 2,31 milímetros. Já em medição feita às 19h desta terça-feira, a marca era de 1,17 milímetros.
Na última sexta-feira (23), o nível do corpo d’água às 23h40 foi o menor de todo o ano: 1,13 metro. Os dados são do Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Saisp), que monitora os níveis diários do rio.
As estatísticas também mostram que o maior nível atingido neste ano foi em 3 de fevereiro, com 4,57 metros, quando o manancial chegou a estado de emergência. Veja no quadro:

Sem chuva há 15 dias
O período de estiagem, com início em maio, já tem apresentado redução no volume de chuva.
Segundo o Portal Agrometeorológico e Hidrológico do Estado de São Paulo (Ciiagro), Piracicaba não registra chuva há 15 dias – desde 11 de maio.
Em 30 dias, até esta terça-feira (27), foram 21,9 milímetros de chuva registrados na cidade.
Rio Piracicaba registra menor nível do ano com 1,13 milímetros
Claudia Assencio/g1
‘Situação de extrema vulnerabilidade’
Durante audiência pública realizada neste mês, na Câmara Municipal de Piracicaba, a promotora Alexandra Faccioli Martins, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público, alertou que o rio se encontra em uma situação de “extrema vulnerabilidade”.
“É importante deixar deixar muito claro que nós estamos numa situação de extrema vulnerabilidade da nossa segurança hídrica. Não temos, de forma alguma, conforto em relação às vazões que nós temos no Rio Piracicaba, ao volume de água ali existente, nem em relação a sua qualidade”, destacou.
Ela afirmou que há problemas de planejamento e nas ações de resposta diante de ocorrências. E questionou os níveis utilizados atualmente em um sistema de alerta para danos ambientais.
“O nosso sistema de alerta já está implantado. Questionamos os limites ali adotados porque para a preservação de ecossistema aquático é exigido pela nossa legislação, no mínimo, 5 miligramas [de oxigênio] por litro. O sistema de alerta do PCJ [bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Piracicaba] está pautado em 2 [miligramas por litro]. Ou seja, esse acionamento da rede só começa em dois, o que nos parece que é uma margem que inviabiliza ações mais rápidas”.
ARQUIVO: em fevereiro deste ano, Rio Piracicaba apresentava cenário oposto e chegou a 4,4 metros, entrando em estado de emergência
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